Não Existe Mais Amor

Capítulo: 64

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Meses depois...

Matheus:

Olho para a Rebeca que estava quietinha na mesa trabalhando em seu notebook.

Eu não tirava o olho dela mais pra nada, e nem saia mais direito da casa dela. Não é só porque estamos em um relacionamento, mas sim porque nesses últimos meses ela passou muito mal por conta da gravidez.

Ela sentia dores frequentemente, e parou no hospital algumas vezes por conta disso. Mas em todas as vezes os médicos passavam um remédio pra dor e diziam pra ela ficar de repouso.

E ela estava ficando, só ficava as vezes sentada em sua cadeira extremamente macia e confortável por não aguentar mais ficar em sua cama.

Nem estávamos saindo mais, e agora que a Nathy começou a trabalhar, eu tenho que dar mais atenção a Rebeca, então por isso tenho trabalhado mais pelo notebook também.

A Manuella saiu de manhã cedo com os meus pais para passear. Não faço a mínima ideia do que foram fazer, mas pelo menos sei que isso vai distrair ela.

Ultimamente ela tem visto a Rebeca passando mal, e isso não estava fazendo bem a ela, sendo que nem sair de perto da mãe ela queria mais. E pra ela sair hoje com os avós foi um sacrifício, só consegui convencer ela porque prometi de dedinho que iria cuidar bem da mamãe dela.

E aliás, o aniversário de seis anos dela é depois de amanhã, e pra falar a verdade, acho que estou mais ansioso do que ela, até porque eu nunca passei o aniversário dela com ela.

Planejamos fazer uma festinha surpresa, e depois fazer algo mais elaborado. A Rebeca estava tão mal, que não conseguimos ter cabeça pra pensar nas coisas.

Mas sabemos que independente do que fizermos, ela vai amar. Eu conheço a garotinha que eu tenho de filha, e ela se agrada até mesmo com os pequenos detalhes.

E enquanto a mim e a Rebeca.

Não sei dizer o quão bom é saber que estamos bem um com o outro. Nossa relação que antes passava por altos e baixos, e ficava mais no baixo, agora está lá nas alturas.

Voltamos a nos entender, e compreender melhor um ao outro. Mesmo quando discordamos de algo, ainda sim respeitamos tal opinião.

Apesar de umas crises de ciúmes da parte de ambos, sempre nos resolvemos depois apenas com uma conversa.

E era isso que nossa relação precisava há tempos. Um se colocar no lugar do outro, e uma boa conversa.

E eu tanto quanto ela, estamos amadurecendo ainda mais, e aprendendo a lidar juntos com as situações que aparecem.

— Amor, tá com fome? — pergunto, e ela assente com um sorriso, mas sem me olhar.

Me levanto do sofá e vou até ela, pegando em seu rosto com cuidado e virando pra mim.

Dou alguns selinhos nela, e vou para a cozinha preparar uma das únicas coisas que eu sei fazer sem colocar fogo na casa. Pão com patê.

Faço bem bonitinho, e ainda coloco umas frutas no prato também. Preparo um suco natural, e já levo pra ela que finalmente me olha.