Nunca, nunca, nunca, eu imaginei que me arrependeria tanto por uma transa, sinceramente...
Não por ter sido ruim, pelo contrário, foi maravilhoso e perfeito em todos os sentidos. Nós dois apenas não deveríamos ter feito isso, e no calor do momento, eu acabei deixando rolar!
Depois de ficarmos um tempo lá, voltamos pra cá, em silêncio, e quando chegamos, por volta das quatro e pouca ou cinco horas, cada um foi para o seu quarto.
Nesse período eu não consegui dormir, porque percebi que além de não termos conversado, acabamos transando sem mais e sem menos.
Agora já era nove e pouca da manhã, fui basicamente a primeira a acordar, e eu estava sentada na mesma cadeira dessa madrugada, sem saber o que fazer, arrependida, e com uma dor de cabeça do caralho.
Direcionei o meu olhar para o portão da rua, assim que ele foi aberto pelo Matheus, que entrou, e veio até mim, esticando o braço com uma sacola na mão.
Peguei a mesma de sua mão sem encará-lo, e lá estava a pílula do dia seguinte.
Enfiei na boca, e engoli com a ajuda da água que estava ao meu lado, ficando em silêncio, e voltando o olhar pra piscina.
— Não vai dizer nada?
Sim, essa tinha sido a primeira frase dele desde o momento que ele perguntou se podia me beijar na noite passada.
Acho que tanto ele quanto eu, estávamos pensativos sobre isso. Era estranho.
— O quê quer que eu diga?
— Sei lá, pô! Não quer conversar sobre essa madrugada? — perguntou, e ainda sem olhá-lo, eu neguei com a cabeça. — Então...
— Não deveríamos ter feito isso, Matheus, eu tô arrependida! — cortei o mesmo. — Foi um erro...
— Foi?
— Foi! — falei, sem mais delongas e total sinceridade.
Mesmo com o olhar sobre a piscina, eu percebi que ele apenas balançou a cabeça e parou de me olhar.
— Infelizmente tenho que concordar contigo, nem sei onde eu estava com a cabeça. Realmente foi um erro, Rebeca...
Ele saiu, e eu finalmente o olhei indo lá pra dentro.
Eu tento consertar as coisas e só consigo piorar a porra toda!
Suspirei e encostei a cabeça na cadeira, colocando as mãos no rosto.
Por que as coisas são tão complicadas pra mim?
● ● ●
— Aí, gente, eu não sei... — Mel choramingou, depois de ter vomitado pela terceira vez hoje.
— Meu bem, se você não sabe se comeu algo que te fez mal, pode ter sido o almoço que não caiu bem — Alisson a olhou, de forma preocupada, assim como eu e as meninas.
— Eu não consigo ver vômito na minha frente, depois eu volto — Laís saiu com a mão na boca.
— Desculpa, amiga, mas eu também não... — Nathália foi logo atrás dela, e rimos baixinho.
— Vou preparar alguma coisa pra você comer, que possa segurar no seu estômago — Alisson piscou pra ela, que lançou um sorrisinho de agradecimento.
Olhei pra ela, e passei a mão por seus cabelos, fazendo a mesma encostar a cabeça na parede e fechar os olhos.
— Como você está? — Luana perguntou, e ainda sem abrir os olhos, ela respondeu:
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Não Existe Mais Amor
RomanceCinco anos se passaram. Cinco anos de lembranças que foram deixadas para trás, e um amor que foi destruído. Matheus e Rebeca eram novos demais para entender o amor e vivê-lo naquela época. Mas, será que agora estão preparados para vencer o orgulho...