Capítulo: 40

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Nathália:

— Pô, essa criança de quase seis anos miúda, pequena, anã, sabe falar inglês e português perfeitamente e eu não! — Lucas faz careta, arrancando risadas minha e do Alisson.

— E se duvidar ainda sei mais coisas do que você! — Manuella lança uma piscadela pra ele, que manda língua pra ela.

— Você é convencida igualzinha aos seus pais!

— Sério? — ela sorri, e ele concorda com a cabeça. — Titio Lucas, você que é a pessoa mais sincera e legal que eu conheço. Com quem você acha que eu me pareço mais?

— Nossa, essa doeu! — Alisson ri, em forma de divertimento.

— Hum, então quer dizer que não somos legais e a senhorita não confia na nossa palavra? — aperto seu nariz, e ela ri.

— Não é isso, titia!

— Sabemos que é! — ele lança uma piscadela pra mim, me fazendo revirar os olhos. — Respondendo a sua pergunta, mini pestinha. De aparência você parece mais com a sua mãe, e de personalidade, ô céus, é o Matheus inteirinha!

— Todos dizem isso! — ela sorri, e a Rebeca entra pela porta com uma cara nada boa, mas ela muda totalmente seu semblante assim que percebe a presença do Lucas.

— Que surpresa você aqui! — diz em tom de brincadeira, intervindo com o olhar entre eu e ele.

— Sabe como é né, Rebequinha, me ligam e eu venho. Sou facin, facin! — ele sorri de lado, e mordo meus lábios, abafando o sorriso que queria brotar.

Eu quero casar com ele.

— Ele veio trazer sonho pra mim e a Manu! — digo, e ela não disfarça o sorrisinho malicioso que aparece.

— Mamãe, e o meu papai? — Manuella vai até ela, nem esperando que ela sentasse no sofá.

— Ele... Ele disse que te ama, e está morrendo de saudades — ela se agacha na frente da criança, e deposita um beijo em sua cabeça.

Um bico se forma de imediato nos lábios da Manuella, e ela estava segurando o choro.

Ela nunca foi uma criança de gostar de chorar ou se espernear. Pelo contrário, ela mal chorava. Ela com certeza era uma criança bem diferente das outras da sua idade.

— Ele vai demorar pra voltar? — pergunta baixinho, e a Rê inclina um pouco a cabeça para o lado.

— Não sabemos, amor... — mexe no cabelo da Manu, e ela apenas assente, se afastando.

Só pela carinha da Rebeca, dava para perceber que ela se sentia culpada por tudo.

O problema era que ela achava que tinha sempre que carregar o peso das coisas sozinha.

O Lucas já sabia que iríamos conversar com a Rebeca, só não sabia o que era, e então o encaro, que ficou achando que eu estava flertando com ele.

Arregalo os olhos, apontando para a Rebeca, e ele então consegue pegar no ar.

— Ah, claro! Vem, baixinha, vamos brincar de boneca! — colocou a Manuella nas costas, e levou ela lá pra cima. Conseguíamos escutar apenas a risada dela.

— Nathália tá arrumando um mais doido que ela! — Alisson diz, fazendo nós duas rirmos. — Eai, Rê, como foi lá? — Alisson pergunta, e rapidamente à vejo ficar tensa.

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