Melissa:
Me encostei naquele balcão, vendo a movimentação da loja, de como estava cheia. Era tão gratificante ver aquilo!
Depois de ter feito curso, lutado muito, ralado pra caralho, eu consegui abrir minha própria loja. Minha própria linha de roupas!
Levei o restinho de Milk-shake até a boca, e fiquei vendo as minhas funcionárias atendendo as diversas meninas que estavam ali.
Bom, pode parecer que eu não faço nada, mas não, é no meu escritório, que eu coloco minhas ideias no papel, e fico horas e horas planejando as coisas, organizando tudo, entre outras coisas.
Meu olhar direcionou para o homem de farda entrando em minha loja, conhecido como o meu marido, que atraiu os olhares das mulheres que estavam aqui.
Revirei os olhos quando ele se aproximou de mim. Hoje de manhã havíamos discutido, e eu estava com um ódio imenso dele.
Quando ele chegou perto de mim, nem disse nada, apenas colocou algumas sacolas em cima do balcão, e empurrou em minha direção.
Fui até lá, e abri, vendo doces, biscoitos, salgados e chocolates.
Por dentro eu havia ficado feliz, mas por fora, não demonstrei nenhum tipo de alegria, continuei com o semblante sério.
— Você não vai me comprar com isso — cruzei os braços, e me afastei um pouco.
— Já, já você me perdoa — piscou, e bufei, negando com a cabeça. — Em casa a gente conversa, tenho que voltar para a delegacia.
Acho que se o Ruan de cinco anos atrás falasse que iria para a delegacia, eu com certeza, sem sombra de dúvidas, acharia que ele ia ser preso, mas, o de agora amadureceu muito, em certo casos, e agora ele virou policial militar.
— Não sei se vou voltar pra casa hoje — respondi, e ele arqueou a sobrancelha. — Vou dormir na casa da minha mãe.
— Para de graça, vida — suspirou, com o semblante cansado, e puxou meu braço, fazendo eu ficar mais perto dele, a única coisa que separava nós dois, era o balcão. — Por favor, vai pra casa, lá a gente conversa...
Desviei o olhar, e balancei a cabeça lentamente. Ele logo puxou meu queixo delicadamente, e me deu um selinho.
— Amo você — se afastou, e passou pela porta, saindo da loja.
Quando eu ia passar a mão pelo rosto, em sinal de frustração, lembro que estou de maquiagem, e iria borrar tudo se eu fizesse isso.
Peguei aquelas sacolas, guardando para ninguém comer minhas coisas, apenas peguei um salgado para comer, e uma barra de chocolate para sobremesa. Ultimamente eu estava sentindo mais fome que o normal. Antes eu almoçava e jantava de vez em quando duas vezes, agora almoço três, todos os dias!
Eu sempre fui esfomeada, mas nesses últimos dias, eu não estava me entendendo.
— Mel? — sai dos meus pensamentos, com a voz de um carinha que eu havia feito curso.
Na verdade, eu fiz o curso junto com a irmã dele. Fizemos amizade, mesmo depois de termos terminado o curso. Aí em um final de semana normal, ela me apresentou ele, já que eu, e outras meninas, estávamos na casa dela, já que era aniversário dela. Isso já tem um ano e meio.
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Não Existe Mais Amor
RomanceCinco anos se passaram. Cinco anos de lembranças que foram deixadas para trás, e um amor que foi destruído. Matheus e Rebeca eram novos demais para entender o amor e vivê-lo naquela época. Mas, será que agora estão preparados para vencer o orgulho...