10. Give your sisters all my love

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Duas semanas após Delphine trabalhar com Cosima em sua pesquisa, ela ainda não havia esbarrado com a morena pelos corredores. Mas ela tinha acabado de largar quando a viu saindo do hospital também.

-Cosima! -a francesa chamava assim que passou pela porta.

A morena parou de andar e quando se virou viu a aquela mulher cheia de cachos loiros correndo em sua direção. As duas andavam juntas no mesmo sentido e Delphine perguntava como que tinha sido sua apresentação.

-Oi, Delphine. -cumprimentou.

-Você tá bem? -perguntou a francesa que teve um "unhum" como resposta. -E como que foi lá? -ela perguntava sobre a apresentação mas Cosima parecia um pouco desligada, talvez cansada do plantão e não entendeu. -Sua pesquisa, Cosima. Deu tempo? A apresentação foi boa?

-Ah, sim! Claro. Foi ótima, deu tudo certo. Obrigada por perguntar e pela ajuda.

-Não precisa agradecer. -ela respondeu e um silêncio constrangedor se formou entre elas.

-Desculpa perguntar... -Delphine começou. -Mas você não mora pra o outro lado?

Elas ainda caminhavam lado a lado e até pareciam que estavam indo para o mesmo local.

-Eu vou pra casa da minha mãe hoje, eu sei que é um pouco longe a pé, mas andar me ajuda a pensar.

-Você tá certa, é a melhor forma de estimular os neurônios. -assim que Delphine concluiu sua frase ela percebeu como estava nervosa. Ela queria parecer imparcial para não irritar Cosima, mas também tinha acabado de ser fria demais. -Cosima... uma galera do hospital tá querendo passar a noite no HopBar, marcaram lá umas 23h, você tá afim?

-Okay. Eu não quero ser rude, mesmo você merecendo... mas eu não sou sua amiga, Delphine. E eu não vou pra barzinho algum com você. -Cosima disse seca.

-Tudo bem. De qualquer forma não era exatamente comigo, vai tá o hospital inteiro lá.

-Se eu pudesse escolher, eu não te veria mais nunca. Mas como infelizmente trabalhamos no mesmo local eu tô tentando manter pelo menos uma relação de trabalho. Mas não confunda as coisas... eu não sou mais aquela Cosima boba que você conheceu.

-Você nunca foi boba, Cosima. -Delphine rebateu.

-Não? Então eu só fui feita de idiota mesmo? -disse irônica.

-Claro que não!

-Delphine, eu te amei muito, eu vivi meus melhores dias com você, mas também foi você quem me fez acreditar que o amor não vale a pena. E agora eu não acredito mais nessa baboseira e eu costumava acreditar, e eu achava que tava vivendo um grande amor. Mas... quer saber a verdade mesmo? Eu queria nunca ter te conhecido. Talvez seja mais fácil nunca encontrar o amor da sua vida do que encontrar e ela pisar no seu coração. Porque agora eu sou uma pessoa completamente diferente e todo o amor que eu tinha por você virou ódio. Eu te odeio, Delphine e odeio tudo o que eu passei por causa de você.

-Cosima, eu nunca quis te magoar dessa forma, eu nunca amei ninguém como eu te amo.

-Ainda bem, né? Pelo menos você só estragou uma vida, e não várias. -sua voz emanava desprezo.

Delphine sabia que merecia toda essa rejeição de Cosima, mas ouvir ela dizer que preferia nem conhecê-la foi massacrante. E na hora ela pensou que atender ao pedido de Shay e ficar longe da morena talvez fosse mesmo a melhor opção.

Delphine parou na calçada e Cosima se virou para ela.

-Você vai ficar aí parada?

-É só que eu cheguei, eu moro nesse prédio. -Delphine falou apontando pra um prédio de paredes vermelhas.

Reação Química (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora