65. Give you more

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-PoV Rachel-

Quando minha irmã me deu a ordem segurando firmemente em meu braço e olhando nos meus olhos, eu sabia que ela não estava brincando nem um pouco. Não que ela costume brincar com esses assuntos, mas às vezes ela exagera nas palavras só pra me colocar medo, coisa que ela não estava fazendo naquele momento.

Um homem que deveria trabalhar pra Evie pegou a mala da minha mão e ela me levou praticamente à força até uma outra entrada de embarque, me puxando pelo braço como se estivesse arrastando um filho pra colocar de castigo no quarto.

Eu não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas depois de contar a Evie sobre sobre a primeira proposta que o Leekie me fez, eu nunca mais falei nada dele pra ela.

Também nunca assumi pra minha irmã ter aceitado fazer os trabalhos sujos dele, mas ela é esperta demais pra acreditar que eu ganhava todo o meu dinheiro sendo apenas uma simples secretária.

O que eu mais gostava na Evie era que ela nunca se metia na minha vida, ela sempre dizia que eu precisava tomar minhas próprias decisões, mas que se eu precisasse dela pra qualquer coisa, era só falar. Porém, dessa vez ela estava não só se metendo, como me obrigando a fazer o que ela queria.

Depois que entrei no avião e coloquei o cinto de segurança, Evie sentou ao meu lado e o homem que estava com ela sentou algumas cadeiras à nossa frente. Minha irmã permanecia séria e em hipótese alguma me olhava.

-Você contou a alguém que eu tô indo pra Nova Iorque? -perguntei omitindo minha aflição ao pensar se nosso pai e a minha mãe já sabiam daquela notícia.

-Não. -ela respondeu ainda olhando pra frente.

-Então você não vai contar pra nossa família?

-Se você não quiser falar nada aos seus pais sobre estar na cidade, não sou eu quem vou falar, Rachel.

-E o que você quer de mim então? Por que tá me levando a força pra Nova Iorque?

-Quando a gente chegar na minha casa, conversamos. Então para de fazer essas perguntas que você sabe que eu não vou responder agora. -Evie me olhou irritada por estar atrapalhando sua concentração, ela odeia aviões e sempre prefere ir todo o trajeto em silêncio.

Encostei minha cabeça na poltrona e apenas aceitei que eu não ficaria livre da minha irmã nem tão cedo e tão pouco conseguiria qualquer informação ali.

O que começava a me aterrorizar, era tentar imaginar até onde ela sabia daquilo tudo e até onde isso poderia ser um problema pra os planos que eu teria que pôr em prática.

Quando chegamos ao aeroporto de Nova Iorque, foi então que percebi que aquele homem era também motorista da Evie. Ele guardou minha mala e minha irmã abriu a porta de trás do carro para que eu entrasse, vindo sentar ao meu lado logo depois pela outra porta. Após vinte minutos de estrada, paramos de frente a uma casa enorme que com certeza deveria ser nova, já que eu nunca tinha visto ela antes de sair de Nova Iorque.

O motorista desceu abrindo a porta primeiramente pra sua chefe e eu saí do carro antes que ele viesse abrir pra mim também, minha irmã me olhava com uma expressão bem mais tranquila do que antes e esperou que eu a acompanhasse para entrarmos.

Por dentro, a casa era ainda mais linda, completamente sofisticada, cheio de móveis luxuosos e com uma iluminação natural graças ao teto de vidro no meio da sala.

-Já terminou de analisar minha casa? -Evie me encarava com os braços cruzados e mantinha a distância de sempre.

-Por que você me trouxe aqui a força? O que você quer?

Reação Química (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora