46. We're even now

59 9 36
                                    


Os três chegaram de volta ao hotel já era mais de 8h da manhã. As pessoas na recepção estavam arrumadas saindo para curtirem Paris, enquanto eles chegavam com aparência de quem tinha levado uma surra no meio da rua. Se não fosse o olhar matador de Delphine pra todo mundo, eles teriam recebido encaradas e olhares curiosos que fitavam os três dos pés a cabeça, mas só de receberem o olhar da loira, ninguém ousava encará-los.

Assim que entraram no quarto de Felix, Delphine o empurrou pra um banho super gelado que fez ele sair do banheiro batendo os dentes de tanto frio, mas ele não ousou reclamar.

Cosima estava morta de cansada, seus olhos ardiam de sono, sua cabeça doía e sua voz quase não saía de tão rouca que ela ficou, além dela ouvir um incessante barulho em seus ouvidos devido a música alta a noite inteira, resumindo, ela sentia que alguém espremia sua cabeça com as duas mãos sem pena.

Enquanto Felix tomava seu banho gelado, Delphine avisou que iria na cozinha do hotel pedir água, açúcar e sal pra fazer um soro caseiro. Cosima queria voltar pra o quarto delas, tomar um banho também e dormir, mas ela pensou em se esforçar mais um pouco e esperar por Delphine. Porém, ela foi vencida pelo cansaço e terminou apagando em um lado da cama do Felix.

Depois de sair do banho se debatendo de frio, ele sentou na outra ponta da cama olhando a amiga dormir e na mesma hora Delphine entrou segurando uma bandeja com uma jarra cheia e dois copos. Felix encarava a francesa que tinha o mesmo semblante sério e ele queria ter coragem de falar qualquer coisa que fosse, pelo menos um obrigado, mas ele estava muito envergonhado.

Delphine encheu um dos copos com o soro caseiro e entregou nas mãos do amigo junto com três pequenos comprimidos.

-O que é isso? -Felix soltou sua primeira frase desde que tinha chegado no hotel.

-Agora você se preocupa com o que está ingerindo? -a loira perguntou sarcástica.

Felix achou melhor continuar calado e fez o que Delphine tinha mandado.

Enquanto isso, ela enchia outro copo e acordou Cosima pra beber o soro também, a morena estava bêbada, mas agora de sono e não parecia ter despertado totalmente, mas bebeu todo o líquido do copo e capotou novamente. Delphine pensou em forçar ela acordar pra tomar um banho, mas ela estava cansada demais pra isso, sua cabeça também doía mais que qualquer coisa e ela só queria descansar também.

-Tudo bem se Cosima ficar aí com você?

-Claro que sim. -Felix respondeu.

-Okay. Só pra reforçar, você não pode comer de tudo, seu fígado está bem sensível por isso eu mesma tô vendo suas refeições com o restaurante e eles vão mandar o que eu pedi no horário certo. Por favor, coma tudo e se vomitar me avise, eu volto depois pra te dar a próxima dose das medicações.

Delphine mais uma vez não esperou ele ao menos concordar, apenas saiu do quarto ainda completamente estressada e foi para o seu.

Ela optou também por um banho bem gelado pra estimular todos os seus órgãos e músculos e acelerar o metabolismo. Apesar de não se sentir mais bêbada, pois ela só bebeu bem no início da festa, sua cabeça doía de uma forma que ela não sentia a muito tempo, então ela tomou um comprimido pra dor mesmo sabendo que não passaria tão fácil, já que o incômodo era devido ao estresse e aquele maldito ambiente com o som exagerado que deixaram seus tímpanos zunindo sem parar.

Depois de limpa e medicada, Delphine se vestiu com uma calcinha e abriu a parte do armário de Cosima pra procurar uma camisa que ela estava vestindo no dia anterior enquanto se maquiava pra sair. Mesmo chateada por diversos motivos, o cheiro de sua namorada era a única coisa que a deixaria um pouquinho mais tranquila e relaxada. Delphine deitou esperando dormir igual uma pedra logo em seguida, mas sua cabeça doía tanto que ela só conseguia se concentrar na dor.

Reação Química (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora