53. I'll not give up

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Delphine encarou Maya até ela sumir em direção a cozinha de novo e seus olhos encontraram Cosima logo depois, a morena parecia perdida em pensamentos e sua expressão que durante dias foi de apenas felicidade agora era de total preocupação.

-Cos? Você tem ideia do que pode ter acontecido? -Delphine esperou por uma resposta, mas Cosima parecia totalmente absorta. -Cos? -ela chamou mais uma vez.

-Ah, oi. Não sei, Del. Mas, espero que eu não tenha feito nenhuma besteira.

-Não acho que seja isso. Mas, vai logo, pra minha mãe te chamar assim deve ser algo bem importante. Eu vou pra minha casa e quando você terminar lá me liga que posso ir te buscar.

-Eu volto de táxi ou com a Maya mesmo, não precisa ir me buscar. Mas, se você puder... deixa comida pronta, eu tô morrendo de fome.

-Pode deixar, claro que faço. Qualquer coisa me avisa, tá bom?

-Okay. Eu te amo. -Cosima se despediu com um selinho em Delphine e depois fez carinho no Loki, deixando um beijinho nele logo depois.

-Também amo você. -a loira respondeu e beijou a testa dela com carinho.

Delphine pegou as coisas do Loki espalhadas pela casa, colocou ele na bolsa de transporte e depois deixou os presentes vindos de Paris pra sua mãe e Vincent no sofá da sala antes de fechar a casa e ir embora. Ela passou o resto do dia apreensiva e a cada hora que se passava sem notícias de Cosima ou de sua mãe, ela se preocupava ainda mais.

Já era noite quando ela resolveu mandar mensagem pra Cosima perguntando se estava tudo bem e minutos depois ela viu seu celular vibrar com um "Já estou no caminho" na tela.

___

Cosima sentou no banco do carona e sem dizer mais nada, Maya deu partida a caminho do Instituto. O silêncio dentro do carro era mais que desconfortável, pelo menos pra Cosima, que tentava a todo custo se distrair do som pesado da respiração de Maya enquanto olhava a cidade pela janela.

Sempre que parava em algum semáforo, a britânica se arrumava no banco e suas mãos pareciam apertar o volante com força, seu celular tocou algumas vezes, mas ela rejeitou todas as chamadas.

Maya percebeu que Cosima estava tensa ao seu lado e quebrou o silêncio.

-Não precisa ficar com medo de mim, eu não vou jogar o carro de um viaduto ou algo parecido. -ela disse.

-Eu não tô com medo de você, Maya. Que bobagem. -Cosima revirou os olhos ao falar.

-E por que você tá assim então? Me olhando com o canto dos olhos o tempo todo.

Cosima corou agradecendo por ela não estar vendo suas bochechas ficarem ainda mais vermelhas a cada segundo.

-Eu só queria fazer uma pergunta. -explicou. -Mas já sei que você não vai me responder.

-Pode perguntar, se eu tiver a resposta vou te dizer.

Maya tinha sua atenção no trânsito, mas parecia disposta a ouvir Cosima. Talvez conversar afastasse um pouco o estresse que sentia.

-Você sabe... queria saber o que tá acontecendo no laboratório. Por que tanta pressa e por que você precisa me escoltar até lá?

-Ahh. Anne convocou a equipe inteira agora de manhã, ela está lá só nos esperando pra poder começar. Ela me pediu pra vim te buscar pra ter certeza que você iria logo, parece que o assunto é mesmo importante, mas eu não sei o que é, ela não disse a ninguém ainda.

-Hmm, ok então. -Cosima não pareceu muito convencida, mas era a melhor resposta que ela teria.

(...)

Reação Química (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora