86. The happy start

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Delphine estava na casa da mãe ajudando a pôr o café na mesa quando ouviu a campainha tocar. Ela saiu feliz da sala de jantar sabendo que era Cosima com sua família e foi correndo atendê-las.

Anne havia aproveitado que as meninas tinham compromisso e chamou a senhora S com suas outras filhas e a neta, para passarem o dia em sua casa.

Enquanto Anne recebia e acomodava a família de Cosima na mesa do café da manhã, Delphine se afastou um pouco levando a morena consigo para poderem conversar mais à vontade.

-Você passou a noite bem? -a francesa perguntou.

-Passei. Eu demorei a dormir pensando em tudo o que aconteceu ontem, mas pela primeira vez em muito tempo, minha quase insônia foi de felicidade, não de preocupações.

Delphine sorriu demonstrando o quanto havia ficado aliviada com aquela resposta e depois segurou uma das mãos dela.

-Que bom, Cos. Você não sabe como é maravilhoso ouvir isso. Será que essa noite você aceitaria passar comigo? Quando a gente voltar do passeio?

-Claro. -Cosima respondeu também estampando um sorriso. -Achei que nunca mais você ia me chamar. Vamos pra o seu apartamento?

-Não exatamente. Mas vamos ficar na cidade. Acho que você vai gostar.

-Eu já tô amando só a ideia de ficar mais tempo com você, Del.

A loira deixou escapar um sorriso bastante largo e depois prendeu uma mecha de cabelo atrás da orelha.

-Então... você tá pronta pra conhecer a Suíça hoje? -ela perguntou.

-A gente vai pra Suíça? Qual lugar?! -Cosima perguntou com os olhos brilhando.

-Eu pensei em Genebra, porque é pertinho daqui e a gente consegue voltar hoje mesmo. O que você acha?

-Eu acho ótimo, Del! Com certeza dá pra fazer algum passeio legal de barco. Nem acredito que depois de tanto tempo finalmente vamos à Suíça.

A cada palavra repleta de animação de Cosima, Delphine ficava ainda mais feliz. Pelo menos ela sabia que tinha acertado em cheio no local do passeio.

-Então, vamos tomar café? Quanto mais cedo a gente chegar, melhor... -a loira apressou.

Cosima concordou com um sorriso de canto a canto em seu rosto e elas deram início ao café da manhã.

Como sempre, quando essas duas famílias se juntavam, assuntos diversos surgiam e elas nem viam as horas passarem. Só houve uma pausa na conversa quando mais alguém tocou a campainha e Anne se levantou pra atender.

Cosima e Delphine aproveitaram a deixa para se despedirem antes que elas se atrasassem ainda mais e logo depois foram em direção a porta onde Anne permanecia de pé falando com alguém. Apenas quando elas se aproximaram mais, foi que viram que a pessoa que havia chegado era o Vincent.

Desde a discussão em que Anne o colocou pra fora de sua casa, que eles não haviam se aproximado mais. Ele até tentou voltar outras vezes pra conversar, mas Anne estava tão exausta de sua rotina no Instituto, que ela não teve cabeça para recebê-lo e conversar sobre mais problemas.

Assim como nos outros dias, ela teve vontade de mandar ele ir embora sem nem pensar em nada. Mas dessa vez, ele levou o filho mais novo com ele, Victor, de quatorze anos, e a médica não teve coragem de mandá-lo embora como sempre tinha.

-Mãe, tem certeza que esse é o momento de deixar esse homem entrar? A gente tá com visitas. -a loira perguntou baixinho bem no ouvido de sua mãe.

-Eu sei que não é, Delphine. Mas ele veio com o Vic, eu não vou colocar o garoto pra fora. Ele não tem culpa do pai estar usando ele só pra entrar aqui em casa.

Reação Química (Cophine)Onde histórias criam vida. Descubra agora