Naquela noite Eda mal conseguiu dormir de tanta ansiedade. Horas antes quando contará a novidade para seus pais, pudera ouvir a felicidade no timbre de voz de seu pai, que pode suspirar mais aliviado.
Não importa o que acontecesse. Ela iria se agarrar a aquele emprego com unhas e dentes. Precisava do dinheiro... Precisava muito do dinheiro.
- Ai, eu estou nervosa !
- Asli, só eu que vou começar a trabalhar, não você. - Eda disse divertida
- Eu sei. - a loira disse roendo as unhas – Mas mesmo assim eu estou nervosa.
- O que você acha vermelho, ou preto ? - Eda perguntou levantando dois modelitos sociais, dignos de uma secretária.
- Preto. - Asli disse com tom de entendida – Assim, você não chama muito atenção no primeiro dia.
- Okey, preto. - ela disse caminhando até o roupeiro.
- você terá que comprar mais alguma modelitos. - Asli lhe advertiu enquanto olhava o restando das roupas.
- você sabe que não vou gastar dinheiro com coisas fúteis.
- Roupas não são coisas fúteis... - a loira fez uma pausa e acrescentou – Nem sapatos.
- Asli ! - Eda disse nervosa – Quer me deixar insegura ? - a loira negou com a cabeça – Então me incentive ! - ela pediu
- Dara tudo certo querida. - Asli disse lhe dando uma piscadela.
- Obrigado, agora melhorou. - Eda gritou do banheiro
- É mas não fez nenhum sapato aparecer no seu guarda roupa. - ela disse divertida
- Asli, você sabe … - ela disse voltando já vestida
- É eu sei, você não pode gastar dinheiro com coisas fúteis. - Asli revirou os olhos – Sabe oque resolveria seu problema ?
- O que ?
- Um marido rico. Não melhor ! - Eda revirou os olhos enquanto ela falava – Um marido velho e rico, assim você ficaria com a herança, logo que ele batesse as botas.
- Asli ! - ela disse brava – Sabe que não sou assim.
- Okey, okey. - Asli disse levantando as mãos em sinal de rendição – Não esta mais aqui quem falou. Mas, se você quiser eu posso te levar a um asilo que …
- Asli, eu vou realmente ficar brava com você. - Eda a alertou
- Tudo bem. - ela disse suspirando
- Vou deixar você terminar de se arrumar, e fazer o café da manhã.
- Ótima ideia. - Eda disse irônica – Ainda bem que eu já fiz o café. - Asli sorriu zombeteira sumindo pela porta.
30 minutos depois Eda saia do apartamento e entrava em seu carro, dirigindo até a empresa.Olhou-se no espelho rapidamente. Bom. Nada de muita maquiagem mas o necessário para se por apresentável. O terninho social combinava com os sapatos pretos de salto alto de veludo. O cabelo hoje preso, deixando apenas a franja caída para o lado, dando um toque de casualidade.
Sabia que sairá cedo de casa. Mas era bom dar uma boa impressão no primeiro dia.