- O senhor Bolat, já deve estar chegando, - a recepcionista simpática lhe disse sorrindo – ele teve que resolver um assunto no andar de cima.
- Oh, sem problemas. Tenho certeza que ele deve ser um homem muito ocupado. - Eda disse sorrindo e tomando mais um gole de café.
Na verdade ele podia demorar o tempo que fosse, desde que lhe contrata-se.
Quando Eda ingeriu a última gota de café a porta do elevador abriu e a recepcionista levantou-se sorrindo :
- Oh, Senhor Bolat. Que bom que chegou, esta é Eda Yildiz, sua futura secretária.
Eda virou com seu melhor sorriso, e então logo ficou seria.
- Você que é o tal Bolat ? - ela perguntou com a voz áspera enquanto erguia uma sobrancelha e o olhava dos pés a cabeça – Eu não acredito ..
O tão famoso e aclamado Serkan Bolat, não passava de um mau educado e completamente idiota roubador de vagas de estacionamento ?! Argh! Só podia ser brincadeira !
- E o seu nome é Eda Yildiz ? - ele disse sorrindo irônico – Vejamos como este mundo é pequeno.
Eda queria socá-lo. Ela realmente queria socá-lo! Socá-lo e xingá-lo de mil e um palavrões possíveis. Mas não podia. Precisava daquele emprego. Assim como também precisava da boa quantia que pagavam do salario.
- Pois é. Muito pequeno. - ela respondeu corando
- Leila, - ele disse para secretaria sem afastar o olhar de Eda – quero o currículo e a carta de recomendação dela em minha mesa.
- Sim senhor. - a morena assentiu se apresando em buscar o que ele pedira
- Até mais Eda Yıldız. - ele disse sem tirar aquele maldito sorriso do rosto.
Eda continuou quieta. Se falasse mais alguma palavras com certeza seria um insulto.
“Oh droga, oh droga, oh droga !” - ela repetia em pensamento “Estou frita, definitivamente frita!”
Ela tinha certeza que ele não ia contratá-la. Ela o havia chamado de idiota. E não tinha sido somente uma vez …
- Eda Yıldız … - Leila disse lhe tocando o ombro
- Sim ?
- O Senhor Serkan mandou avisá-la que dentro de alguns minutos, quer que você se junte a ele em sua sala.
- Algum problema ?
- Não, - ela disse simpática - somente porque no seu caso ele fez questão de fazer a entrevista.
“Oh sim claro para poder me dar ele mesmo um chute na bunda... Oh droga, oh droga ! Droga !”
- Acalme-se, - a morena disse percebendo seu nervosismo – ao contrário do que dizem os jornais e as revistas de fofocas, ele é muito cavalheiro.
Eda forçou um sorriso.
Só se ser cavalheiro agora tinha mudado de sentido e significado, ao contrario Serkan não passava de um ogro.
Demorou pouquíssimos minutos até que a morena “simpática” lhe conduzisse pelo corredor em direção a sala dele.
Na última porta do corredor, a morena parrou deu duas batidas e abriu a porta fazendo sinal para que Eda passasse.
A sensação era igual a se estivesse entrando dentro de um jaula cheia de leões. A diferença é que atras da grande e sofisticada mesa, encontrava Serkan, sentado em sua cadeira, esperando por ela.
- Obrigado Leila. - ele disse sério – Pode ir agora.