Capítulo 84

532 52 3
                                    

-Eu vou subir até o meu quarto e pegar uma pomada que esta em cima da penteadeira pra ajudar com a dor. - ela disse ainda andando e olhando pra cima.
- Nada disso... - ele disse agarrando a cintura dela e fazendo com que ela se senta-se novamente no sofá – Eu mesmo subo e pego a tal pomada.
Ela pensou em discutir, realmente pensou mas, ele já estava subindo as escadas de dois em dois degraus, apressado, dizendo a si mesmo que não tinha nada de mais ajudá-la mesmo estando atrasado. Afinal qualquer um faria isso...
Ele entrou no quarto e sentiu o cheiro dela queimando suas vias nasais. A cama estava desarrumada e um roupão também estava jogado ao chão.
Ignorando a primeira gaveta aberta, onde podia avistar as calcinhas e sutiãs, ele foi até a penteadeira e encontrou a tal pomada que tinha no rotulo o enunciado “dores musculares/alívio imediato”.
Ele voltou a descer as escadas, surpreso por ela continuar sentada no sofá.
- Aqui esta. - ele anunciou lhe entregando o remédio
- Obrigado. - ela disse espalhando um pouco de pomada na mãos e iniciando uma massagem pelo próprio pescoço. A substância tinha um cheiro terrível, mas Serkan nem percebeu ocupado de mais vendo-a se massagear. Como estava com vontade de beijá-la... Sentiu um comichão na virilha e logo tratou de mudar de assunto:
- Porque você dormiu no sofá? - ele fez a primeira pergunta que vinha em mente
- De madrugada eu tive câimbras, desci para tomar água e acabei deitando no sofá para ver TV. - ela deu de ombros – Dormi.
- Você teve câimbras? - ele perguntou parecendo surpreso
- Sim.
- E porque diabos não me chamou? Ou gritou como da última vez? - o tom de sua voz era bravo
- Não achei que fosse preciso. - ela mentiu – As dores não foram tão fortes assim. - ela disse já podendo mexer melhor o pescoço
- Okeey, - ele disse irônico – agora conta a verdade. Quantas vezes vou ter que te falar que você não sabe mentir?
- Mas essa é a verdad... - ela se suto interrompeu suspirando quando por fim conseguiu mirá-lo nos olhos. Não tinha como mentir – Eu não quis te chamar porque você esta brigado comigo... Eu sei que não quer falar comigo.
Ele suspirou pesadamente, esfregando as mãos no próprio rosto.
- Eu estou atrasado agora. - ele anunciou mudando completamente de assunto.
Ele não havia ouvido o que ela acabará de dizer?
- Você ficará bem se eu for, ou quer que eu fique e lhe ajude com o torcicolo?
“Idiota, idiota, idiota desde aquela maldita vaga no estacionamento!”
- Não, eu ficarei bem. - a voz dela saiu mais estrangulada do que ela gostaria
- Tudo bem. - ele disse parecendo dividido entre ficar e partir – Tenha um bom dia.
Serkan pegou a sua maleta e saiu pela porta, a deixando ali, sozinha...
Ela prometeu a si mesma que não iria chorar, mas quebrou sua promessa assim que os olhos já não puderam segurar tantas lágrimas e o peito pareceu sufocar implorando por um soluço de choro sentido.

Amor por contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora