- O que foi? Brigou com Engin? - ela disse sentando ao lado de Ceren e lhe abraçando com um braço. Ela meneou a cabeça – Então o que foi? Me diga, quero te ajudar.
Ceren não conseguiu falar. Tinha a garganta apertada e o único som que conseguia emitir, eram os soluços de choro.
Ao contrario de falar abriu a bolsa e mostrou para Eda uma caixinha onde em letras grandes e coloridas de azul e rosa indicavam: “Teste de Gravidez”
O queixo de Eda instintivamente foi para no chão.
- Você... - ela não conseguiu terminar a pergunta, apenas apontou para a caixinha
- Não sei. - a loira disse em pranto – Não tive coragem de fazê-lo sozinha.
Eda não tinha ideia do que falar. Ficou em silêncio por alguns segundos que mais pareceram minutos, e quando viu que Ceren estava realmente desesperada e que precisa dela mais do que nunca, respirou fundo e tomou o controle da situação.
- Ótimo. Não vamos nos precipitar. A quantos meses esta atrasada?
- Apenas um.
- Isso não significa exatamente que esteja esperando um bebê.
- Eu me sinto diferente Eda! E a nos não me atraso no mês!
Eda esfregou as têmporas.
- Quem é o pai?
- Como quem é o pai! - a loira pareceu ofendida – Obvio que é Engin!
- Tudo bem, foi uma pergunta idiota, mas.. Por Deus Ceren não sei o que te dizer! Como vocês esqueceram de se proteger?
- Oh Eda, vai dizer que se lembra da merda da camisinha quando esta prestes a ir as alturas com Serkan? - Eda corou com o comentário – Vai me dizer que sempre usaram camisinha!
- Nunca usamos camisinha. - ela disse um tom de voz mais alto – Eu tomo regularmente o anticoncepcional. Você não?
- Tenho milhares de coisas na cabeça... nunca me lembro de tomá-lo na hora certa! Não deve ter surtido efeito.
- Ou você esqueceu de tomá-lo. - Eda disse a opção mais provável.
- Oh, o que acontece agora é que eu estou completamente perdida! O que eu vou fazer com uma criança?! Me diga, o que vou fazer com uma criança?! - ela voltou a chorar – Eu nem se quer sei o que Engin acha sobre filhos! Céus o que eu faço Eda?
- Ceren, não chore! - ela disse com os olhos igualmente marejados – Vamos pensar em algo. Estamos juntas nessa.
- Obrigado... - a loira disse ainda chorando.
- Bom, você ainda não fez o teste certo? - ela assentiu – Então, a primeira coisa é fazê-lo.
- Trouxe mais cinco marcas diferentes. - ela disse secando as lágrimas e tirando as outras cinco caixinhas da bolsa – Se importa se também fizer um? Não quero fazê-lo sozinha.
Eda abriu a boca para dizer “Estupidez” mas voltou a fechá-la. Nunca virá a amiga tão transtornada.
- Tudo bem. Dê-me um. Eu faço e depois você faz.
Eda pegou uma caixinha e foi até o banheiro lendo as instruções.