Suspirou enquanto jogava mais alguns sais na banheira e massageava os ombros.
Cantarolando uma canção desconhecida ela terminou seu banho e secou-se.
Escolheu uma roupa qualquer já que iria ficar sozinha naquela gigantesca suíte, e também não tinha planos de sair.
Pediu comida e assim que terminou a refeição saciando sua fome, ela começou a organizar suas coisas e suas roupas, mas foi quando dobrou com cuidado o vestido branco que Serkan lhe comprara no leilão que lembrou que tinha uma conversa pendente consigo mesma. Afinal aquele sonho acabaria no momento em que ela e Serkan subissem ao avião e chegassem em casa.
Ela sentou-se em frente a grande janela da suíte. Tinha que arranjar uma solução, porem primeiramente tinha de achar o real problema.
Oh céus precisava tanto de conselhos...
Olhou para o telefone do hotel, e criando coragem levantou-se e discou o número de casa. Da sua casa ... No quinto toque a voz cansada de uma homem atendeu :
- Alô?
- Oi pai. - ela sorriu emocionada
- Eda? - ele disse parecendo animado – Eda é você filha?
- Sim pai sou eu Eda. - ela disse revirando os olhos.
- Ei filha estamos com saudade de você. Quando você vem fazer uma visita?
- Assim que eu conseguir uma folguinha aqui papai. Como a mamãe esta? - perguntou logo, antes que ele começa-se a lhe perguntar do trabalho.
Odiava mentir para ele, mas nas circunstâncias que se encontrava, não poderia dizer ao pai que estava em Toronto com o seu ”marido”.
- Esta na mesma. - ele disse com a voz cansada – Você sabe como são as coisas... Ela sempre pergunta por você, esta com saudades.
- Eu também estou com muita saudade dela pai. - disse sentindo os olhos nublarem – Você acha que seria ruim se eu falasse com ela ?
- Ruim? - ela soltou uma gargalhada forçada – Eu acho que seria ótimo. Iria animá-la bastante. Espere um momento que eu vou passar pra ela. Tchau Eda.
- Tchau pai, eu te amo. - um longo silencio pairou no telefone até ele responder
- Oh minha menina, você sabe que sou fechado de mais para estas melações. Mas eu também lhe amo. Vou passar para sua mãe. Tchau.
Ela riu com o nervosismo do pai, e a voz que tanto queria escutar lhe encheu o peito de calor :
- Filha é você minha vida?
- Sim, sou eu mamãe. - ela disse começando chorar.
- Você esta bem ? - a voz fraca e debilitada disse com carinho – Estou com tanta saudade Eda.
- Eu também mãe. Eu também.
- Oh querida, posso sentir aqui em meu coração que esta chorando.
- É que estou com saudades. - ela disse tratando de se acalmar
- E o que mais ?
- Como assim mamãe ?
- Oh filha... as mães sabem quando seus filhos estão com problemas. Me diga... o que lhe aflige? Seu coração esta batendo mais forte por algum rapaz ai da cidade?