Capítulo 65

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Ela queria continuar vivendo aquele sonho, naquela fantasia de que teria Serkan em sua cama todas as noites, como na noite passada e que como de manhã, acordaria se sentindo abraçada... por ele. Ela não queria voltar a sua vida normal, onde tinha de dividir Serkan com as possíveis amantes.
– Nós vamos voltar amanhã então ?
– Talvez. - ele disse indiferente prestando atenção no semáforo.
– Você esta feliz ? - ela perguntou de repente fazendo ele encará-la.
– Sim. - disse divertido – Você não esta ?
Não. - ela teve vontade de dizer, mas ao contrário disso ela mordeu a língua e apenas sorriu.
Ela não estava nada satisfeita com essa história... e se sentia tão culpada... Serkan tinha acabado de fechar um negocio importante para a empresa, e estava radiante graças a isso, era esperado que no mínimo ela estivesse feliz por ele.
Ora, mas que asneira! É claro que ela não devia se sentir culpada.
Serkan era o culpado. Exatamente! Ele lhe dera uma provadinha do paraíso. Que culpa tinha ela de ter gostado e não querer mais sair dele?!
Sim, estava decidido. Era tudo culpa dele.
– Chegamos. - ele anunciou a tirando de seus pensamentos
Tão cavalheiro quanto antes, ele desceu do carro e correu para ajudá-la a descer também. Surpresa com a atmosfera do lugar, ela se deixou levar pelo braço que ele mantinha em sua cintura.
O restaurante era calmo, e com uma música oriental baixa ao fundo, ao lado de um karaokê. Era aconchegante e convidativo para uma taça de vinho.
Logo que chegaram, foram atendidos por uma garota de no máximo 20 anos, que se mostrou prestativa e simpática, e lhes entregou os cardápios, falando com um inglês excelente.
Assim que ficaram sozinhos Eda confessou :
- Não tenho ideia do que esta escrito aqui Serkan ! - ela disse largando o cardápio sobre a mesa.
- Sushi e Teishoku esta bom pra você ?
- Acho que sim. - ela disse desconfiada.
Com um leve sinal de Serkan, a garota voltou anotando tudo.
Eda e Serkan estavam conversando descontraidamente quando os pratos ficaram prontos, e passado o embaraço inicial com os hashis, Eda conseguiu aproveitar tanto o saboroso jantar quanto a deliciosa sobremesa, não se importando com o fato de haverem tomado chá ou invés de vinho, como previra.
Ela aproveitou a companhia de Serkan em abundante, rindo e o fazendo rir, deixando-se levar pela ilusão de que aquela noite nunca acabaria e que eles não precisariam voltar para a casa... para o mundo real.

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