A semana seria difícil para todos.
Eda chegou a esta conclusão na manhã seguinte quando levantou sentindo as pernas pesadas e doloridas.
Já fazia dois dias que haviam descoberto sobre a gravidez de Ceren, e a loira ainda não tinha tido o momento certo para dar a notícia a Engin.
Eda escovou os dentes e penteou os cabelos, cogitando a possibilidade de mudar de visual... já estava cansada de ser sempre a mesma. Amarrou bem o roupão em volta da cintura, por cima da calça de abrigo e da blusa branca de algodão.
Naquela manhã fazia frio, e o vento não estava nada agradável.
Desceu as escadas bocejando e um grito morreu em sua garganta quando viu Serkan de pé na cozinha. Tinha o cabelo totalmente bagunçado, e o roupão não estava bem amarrado. Seria uma imagem extremamente sexy e provocativa, se Eda não houvesse reparado no nariz e nos olhos vermelhos, e nas olheiras que denunciavam a noite mal dormida.
- Bom dia. - ela disse com a voz mais rouca que o normal por ter acabado de acordar – Caiu da cama?
Ele não sorriu. Mal sinal.
O dia de Eda realmente não havia começado bem... ou melhor nem se quer havia começado a julgar que o seu dia começava apenas depois de ver o sorriso de Serkan.
- Café? - ele ofereceu indicando a térmica em cima da pia.
- Sim. - ela disse estreitando os olhos e o analisando – Esta tudo bem?
- Porque não estaria? - o tom da sua voz soou frio.
- Não sei.. - ela disse tomando o primeiro gole de café – Você parece abatido. Triste.
- Eu apenas não dormi bem esta noite. - ele deu de ombros sem encará-la
- Você sente-se doente? Porque não dormiu?
- Não creio que esteja doente. Apenas não consegui dormir.
O silêncio que se seguiu tirou uma boa parte da paciência dela e quando ela estava prestes a gritar ele falou:
- Vou subir. Não precisa se preocupar com o meu almoço.
Eda arregalou os olhos:
- Você vai passar a tarde aqui? Não vai trabalhar ? Digo, não vai para a empresa? - ela se sentiu estupida por parecer tão perturbada com a ideia dele ali o dia todo.
- Não. Hoje não. - ele disse já no alto da escada, e logo o barulho da pesada porta do quarto dele foi ouvido.
Eda piscou uma, duas, três vezes, e continuou atordoada.
Serkan nunca faltava ao serviço... podia té se atrasar mais faltar nunca!
Ele estava estranho naquela manhã e disso ela tinha certeza. Estaria ele doente e tivesse mentido? Mas Serkan era forte como um touro...
A curiosidade de Eda impediu que ela continua-se ali parada no meio da cozinha. Respirou fundo enchendo os pulmões de ar e largou a xícara em cima da mesa, começando a subir as escadas decidida a desvendar o terrível mistério que rondava seu marido.
Sendo levada por uma onde de adrenalina e coragem ela abriu a grande porta do quarto de Serkan sem bater, porém nem toda a coragem do mundo poderia deixar seu coração imune e preparado para aquela cena.
- Serkan... - ela disse com a tão doce que até ela mesma estranhou.
Ele virou-se pra ela percebendo só agora sua presença. Não escondeu o rosto. Era Eda que estava na porta o olhando com aqueles grandes olhos brilhantes... Não tinha o que temer.Bye bye 👋