Capítulo 38

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- Não me desafie Serkan Bolat. Não desafie. - ela o repreendeu
- Longe de mim. - ele disse com um pequeno sorriso no rosto
- Me largue Serkan ! - ela pediu novamente
- Tudo bem. - ele disse calmo descendo degrau por degrau
- Sério ? - ela perguntou seria
- Não. - ele disse antes de abrir um grande sorriso
- Argh! - ela bufou – Eu te odeio. - ela disse baixinho, tendo certeza de que ele ouviria.
Se dando por vencida, nada mais podia fazer se não apoiar a cabeça no ombro de Serkan e deixar-se ser carregada.
E assim o fez, afinal Serkan parecia carregar um bebê caminhando com tamanha facilidade.
Foi somente quando descansou a mão em seu ombro de se deu conta de que ele estava sem camisa.
Como se tivesse levado um choque, ela afastou a mão rapidamente, se perguntando se devia ou não também lhe afastar a cabeça.
Antes que pudesse fazê-lo ele a sentou na bancada da cozinha, e se afastou até a geladeira.
Eda engoliu seco, e encontrou dificuldades para respirar.
Como não havia notado que estava apenas de cueca ?!
- São as bananas que são ricas em potássio, certo ? - ele perguntou procurando alguma coisa na geladeira
- Aham. - O que ele havia perguntado mesmo?
Céus como ela nunca havia reparado naquele corpo ?!
Respirando fundo, ela repetiu aquele que já havia se tornado seu lema;
“Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficar bem.”
- Aha! - ele disse vitorioso tirando uma garrafinha d'água da geladeira e apanhando duas bananas na fruteira – Tome, coma isso. - ele disse lhe alcançando os mantimentos.
Do jeito que a sua garganta esta seca a água não cairia nada mal.
- Obrigado, pode subir agora, eu me viro. - ela garantiu tentando enlouquecidamente voltar sua atenção apenas para os alimentos
- Vou esperar você comer. - ele disse se sentando ao lado dela
Ela agradeceu por estar usando seu pijame da flanela bastante recatado.
O silêncio caiu sobre eles, e Eda teve certeza que nunca mastigara tão rápido em toda a sua vida.
Estava terminado de comer a segunda banana quando Serkan falou :
- Fui convidado para um jogo de beisebol na quarta. - ele disse coçando a barba mal feita
- Você vai ? - ela perguntou com a boca cheia
- Acho que sim. - ele deu de ombros – Estou tentando fazer negocio com dois caras que vão a este jogo.
- Eu preciso ir ? - ela perguntou aparentemente incomodada
- Não. - ele riu – É só homens. Nada de esposas. - ele garantiu
- Melhor. - ela tomou um gole de água – Odeio beisebol.
- Somos dois. - ele disse com um sorrisinho
O silêncio voltou a pairar sobre eles novamente, mas Eda logo tratou de quebrá-lo quando se pegou pensando se Selin estaria no tal jogo.
- Já encontrou alguém para ser sua nova secretaria ? - ela tentou se mostrar interessada
- Sim. Ela ira começar segunda.
- Qual é o nome dela ? - ela perguntou mais interessada
- Benu Peregrin.
- Velha ou nova ?
- Nova. - ele disse descendo da bancada e ficando de pé em frente a ela
- Loira ou morena ?
- Loira. - ele disse arqueando uma sobrancelha visivelmente confuso
Selin, a vadia, também é loira. - Eda pensou imediatamente, e antes que pudesse pensar abriu a boca acabou perguntando :
- Ela é bonita ?
Um sorriso zombeteiro se estampou no rosto de Serkan enquanto ele deu dois passos e se inclinou sobre ela colocando uma mão em cada lado do seu quadril na bancada.
- Você esta com ciúmes Eda ?
Sua pergunta direta a pegou desprevenida, e a fez se afogar com a própria água.

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