Capítulo 58

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-Não fale bobagens. - ela gritou se levantando
- Ah, então você não esta com ciúmes ? - ele disse sorrindo como um moleque travesso
- Não. Eu estou  brava. - ela admitiu
Era melhor preferir a forca do que admitir para ele e para si mesma que o que tinha era ciúmes.
- Muito brava ? - Ele perguntou agora sem o brilho de diversão nos olhos
- Muito, muito brava. - ela garantiu soltando os cabelos
- Posso perguntar porque esta brava ?
- Pode, só não garanto que vou te responder. - ela disse tirando os brincos e o colar.
Ele respirou fundo e esfregou as têmporas :
- O que foi dessa vez ? - da maneira como ele usou o tom, pareceu que a situação acontecia sempre.
- O que aconteceu ? - ela disse colocando as mãos na cintura – Como o que aconteceu ! Saiba Serkan Bolat que eu não entrei nesse jogo de contrato para ser desrespeitada dessa maneira!
- De que maneira mulher ? - ele perguntou arregalando os olhos
- E você ainda se faz de desentendido ? - ela gritou ao mesmo tempo que juntava uma sandália do chão e tocava na direção dele.
A sandália não o acertou, mas o objetivo estava bem claro.
- Eu vou acreditar que você estava testando para ver se ela voava. - ele disse sem um pingo de bom humor.
- Como você pode fazer aquilo comigo ? - ela perguntou como se ele não tivesse falado nada – Você me desrespeitou da pior maneira que se pode desrespeitar uma mulher.
- O que eu fiz ? - ele perguntou agoniado dando cinco passos e terminando com a distancia que existia entre eles
- Você e Benu nem se quer se deram ao trabalho de tentar disfarçar o caso de vocês. Eu quase morri de … vergonha. - ela disse para não dizer ciúmes
- Escute Eda … - ele disse decidindo ainda entre ficar bravo ou rir de tudo aquilo – Eu e Benu não temos um caso.
- Então o que ela esta fazendo aqui ?
- Eu precisava de alguém para tomar nota na reunião de amanhã. Quando você foi contratada eu te avisei .. - ela o interrompeu
- Acontece que você não era casado e nós não estávamos tendo um caso
- Eu não estou tendo um caso com ela ! - ele gritou bravo
- Cale a boca Serkan ! - ela gritou descontrolada.
Ele a olhou bufando de raiva.
Os maxilares dele se contraíram e os olhos verdes tornaram-se quase negros. Ele se moveu tão rapidamente que Eda não pôde livrar-se do abraço que a desequilibrou e lhe tirou o fôlego. Serkan com selvageria e, ainda com mais fúria, apossou-se de seus lábios.
O inesperado contato com aquela boca e com aquele corpo a fez perder a cabeça por alguns segundos, então a ideia de que ele poderia já ter feito a mesma coisa com Benu apossou-se de seus pensamentos e com o coração disparado e a respiração ofegante, ela colocou as mãos no peito dele e empurrou-o com toda a força que pôde reunir.
- Não. - sua voz saiu tão sem convicção que pode ver o desejo aumentar nos olhos dele.

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