Capítulo 106

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Então o que foi? - ele perguntou sem alterar a voz
- Ela estava com receio. - Eda não quis usar a palavras medo – Não sabia como você ia reagir. Ela esta esperando uma criança não um bicho de estimação. É algo que não se tem volta... é para sempre.
- Eu sei o que é um filho Eda. - ele disse ainda usando do mesmo tom – Eu só queria que ela tivesse me contado ao invés de eu escutar por acaso graças ao rádio. Eu sou o pai, tinha o direito de saber!
Eda ficou quieta. Afinal, quem poderia culpá-lo?
- Vamos acalmarmos todos. - Serkan sugeriu – Porque não seguimos a idéia de Eda?
- Eu acho ótimo. - Eda disse.
Novamente Engin e Ceren ignoraram completamente os amigos:
- Olha, eu sei que você esta bravo e surpreso... - ele a interrompeu
- Eu diria magoado.
- E magoado. - ela concordou secando as lagrimas – Mas eu realmente iria te contar, só estava tentando te preparar e-e me preparar, e e-eu não sabia como falar... - ela falava rápido de mais tropeçando nas palavras - … sinto muito se ficou decepcionado mas... - ele a interrompeu
- Decepcionado? - ele repetiu com desdem – Você acha que eu estou decepcionado por saber que dentro de poucos meses vou ser pai?
Ela preferiu ficar quieta do que falar alguma bobagem.
- Céus, você me tem como um tirano? Um... brutamontes? - ela fitou o chão sem poder mais sustentar o olhar dele – Ceren entenda de um vez, - ele disse entre dentes – o que esta me deixando louco e com vontade de lhe quebrar o pescoço é por você não ter me dito nada! Absolutamente nada.
- Mas a criança... - ela disse voltando a ser interrompida
- A criança é o maior presente que eu podia receber! Um filho, céus, sabe a quanto tempo quero ter filhos? - ele disse com a expressão mais suavizada – Eu estou que não caibo em mim de felicidade . Eu vou ser pai! - ele disse dando o primeiro sorriso, que foi curto mais foi um sorriso – Mas o fato de você não me contar me corroí de ódio por dentro mulher!
Eda tinha a visão embaçada pelas lagrimas contidas e lançou um breve olhar para Serkan, que agora sorria. Ele clareou a garganta e disse:
- Bom, acho que Ceren e Engin tem muito o que conversar agora. Eda o que acha de deixarmos os novos papais a sós?
Poncho sacudiu a mão no ar sem deixar de olhar Ceren:
- Nos vamos pra casa. Lá posso matá-la sem testemunhas. - ele disse em um tom serio o bastante para que Eda se arrepiasse.
Quanto Engin por fim se mexeu e saiu pela porta, Ceren virou-se para Eda e sussurrou um “desculpe pelo almoço” que foi respondido com “me ligue assim que as coisas se resolverem”. A loira assentiu e apressou o passo para alcançar Engin.
- Ceren esta em perigo? - Eda perguntou a Serkan quando o carro de Engin arrancou
- Conhecendo Engin como conheço... sim. Pode sofrer sérios danos. - ela o encarou com os olhos arregalados e ele continuou – E principalmente ficar mimada pelo tanto de paparico que ele vai lhe dar.
Eda suspirou aliviada. Sem dúvidas o almoço havia sido perdido, mas tinham um bom motivo.
E ao final daquela mesma tarde Ceren lhe ligou como o combinado.
- Então, me conte! - Eda pediu sentada na cama, sabendo que estava sendo observada por Serkan que estava deitado. - Vocês se acertaram? Porque parece que esta prestes a chorar?
- Esta tudo certo. - a loira garantiu – Acho que no final ele só estava tão assustado quanto eu e magoado por eu não ter compartilhado logo isso com ele.
Eda lembrou de quando Serkan achara o exame de Ceren e pensará que era dela. Podia-se dizer que havia tomado a mesma atitude de Engin. Ela sorriu.
- Vocês estão bem? - ela disse referente a relação
- Sim, estamos ótimos. Na verdade ele se mostrou bastante contente com a ideia de ter uma criança. Disse que já devemos começar a pensar nos nomes e também disse que a nossa menininha...
- Menininha? - Eda perguntou surpresa.
- Engin disse que pressente que vai ser menina. E que vai ser a cara dele. - Ceren riu junto com Eda.
- Esto tão feliz por você. - Eda disse sentindo a emoção tomar conta de sua voz
- Eu estou feliz. Céus nem eu consigo acreditar, você sabia que ele é um advogado? - Eda voltou a rir enquanto a voz era trêmula pela vontade de chorar.
- Ouvi alguns boatos sobre a profissão dele. - ela garantiu secando os olhos.
- Vou desligar Engin esta me chamando.
- Tudo bem, boa noite.
- Ah... Eda?
- Sim?
- Você vai ter que sair comigo para encontrar vestidos. Creio que a noiva e a madrinha não podem vestir qualquer coisa em um casamento certo?
- O que exatamente você quer dizer com isso? - Eda disse sentindo a vontade de chorar crescer
- Vou me casar com Engin.

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