Capítulo 37

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A casa estava em completo silêncio, e Serkan dormia profundamente até que um grito agudo o fez despertar.
Ainda confuso com o sonho e a realidade ele esperou mais um momento em silencio aguardando ouvir seu nome novamente.
- Serkan ! - um novo grito surgiu
Com rapidez surpreendente, ele logo identificou a voz de Eda, e mesmo sem ainda se decidir entre o sonho e o real ele deu um pulo da cama e saiu correndo em direção ao quarto dela, tomado pela adrenalina.
Antes que ela pudesse pronunciar outro grito ele abriu a porta do quarto com posição defensiva parecendo disposto a lutar com qualquer um que fosse o intruso.
Com o coração acelerado ele focou os olhos em Eda que se contorcia na cama :
- O que … ? - ele se interrompeu confuso
Com o rosto pálido e com a expressão de dor ela disse baixo :
- Cãibras …
Serkan demorou alguns segundo até assimilar o pedido de ajuda, e assim que ela gemeu com a cabeça enterrada no travesseiro com dor ele caminhou em passos rápidos até ela puxando lençol, até que este caísse no chão.
Ela gritou quando ele encostou na sua perna esquerda, na região da panturrilha.
- Calma. - ele pediu lhe agarrando a perna com força e começando a massageá-la.
Eda gritou mais uma vez contra o travesseiro, e mesmo com seus protestos Serkan continuou lhe massageando para ajudar com a circulação.
Após alguns minutos agoniantes, a dor começou a diminuir fazendo o músculo ficar mais relaxado e a circulação voltar.
Quando ela gemeu aliviada Serkan a encarou :
- Passou ? - ele perguntou sem deixar de massageá-la
- Sim. Obrigada. - ela sorriu agradecida – Desculpe lhe acordar a esta hora.
- Você deveria se desculpa por quase me fazer ter um infarte. - ele disse parando de lhe massagear a perna, e ficando de pé – já imaginou eu tendo um infarte e você aqui deitada com cãibras ? - ele disse com um certo humor negro
- Não seria nada legal. - ela admitiu suspirando
- Vamos ? - ele lhe convidou
- Vamos aonde ? - ela perguntou confusa
- Vamos até a cozinha comer alguma coisa. - ele explicou
- Serkan, são cinco e meia da manhã. - ela disse após consultar o relógio – É muito … tarde, ou cedo não sei – ela disse confusa – para comer.
- É muito … tarde, ou cedo não sei – ele a imitou – para acordar alguém gritando enquanto esta quase morrendo de dor.
- Mesmo assim … - ele a interrompeu
- Você comeu alguma coisa com bastante potássio hoje Eda ? - ele perguntou serio o bastante para que ela continuasse quieta – Oh, é claro que não, porque você passou o dia todo cuidando do seu jardim e mal comeu.
- Mais … - ela tentou argumentar
- Mais nada, vamos.
Sem mais perda de tempo ele caminhou até a cama e a pegou nos braços.
- Serkan ! - ela reclamou – Me largue agora !
- Fique quieta. - ele disse parecendo bastante divertido com a situação
- Me largue ou … - ele a interrompeu
- Ou o que Eda, minha querida ? - ele a desafiou.

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