Capítulo 119

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- Você não esta... chateado?
- Não! - ele respondeu rindo – Na verdade eu aceitei o encontro porque Ceren insistiu. - ele fez uma careta – Sabe como é, você é super bonita, mas… não é bem o meu tipo. Prefiro músculos, tórax definidos... Esse tipo de coisa - Eda arregalou os olhos
- Você... você é gay? - ela perguntou
- Você não tinha desconfiado? - ele perguntou divertido e ela negou – Nem quando eu elogiei os seus sapatos?
Foi a vez dela rir.
- Bom, obrigada então. - ela disse sorrindo
- Não tem de que. - ele respondeu sorrindo – Que tal esticarmos mais um pouquinho a noite? Tem uma boate aqui perto que é excelente!
Eda olhou para o relógio. Eram treze para a meia noite... não tinha problema ficar mais um pouco, tinha? Afinal fazia tempo que não se divertia tanto. Efe sem dúvida era uma ótima companhia.
- Acho que talvez uma ou duas horas não farão mal a ninguém. - ela disse concordando.
Assim como Efe havia lhe dito a boate era excelente e estava cheia.
Gay... ela nunca teria imaginado. Ele estava tão masculino e bonito dentro da camisa social que varias mulheres não disfarçavam o olhar minucioso em cima dele.
Eda não se recordava a última vez que havia dançado tanto em sua vida. Sua camisa estava colada ao corpo devido ao suor e a de Efe não estava diferente.
- Olha aquele cara a seu esquerda... - ele lhe confidenciou enquanto dançavam - … ele é um gato! Pena que esta interessado em você...
Eda olhou para trás e encontrou o homem do qual Efe se referia. Era muito bonito sem duvida, porem, era alguns centímetros mais baixo que Serkan.. e o cabelo era claro de mais. Os ombros também não era tão largos como os de Serkan.
Serkan … - como ela havia conseguido esquecer dele durante tantas horas?!
- Acho que já esta na hora de ir embora. - ela disse olhando para o relógio que marcava três e cinquenta da madrugada.
- Tudo bem vamos.
- Não, pode ficar eu chamo um táxi.
- E estragar toda a encenação? - ele lhe deu uma piscadela – Nada disso, vamos.
Ele a pegou pela mão e a levou até onde o carro estava estacionado.
- já pensou o que vai dizer para ele? - Efe perguntou quando estavam a poucos quarteirões da casa de Serkan.
- Vou dizer a verdade... que saímos para jantar e fomos dançar. - ela disse tentando ignorar a pitada de ansiedade
- E vai dizer pra ele sobre a minha opção sexual?
- Talvez.
Efe assentiu e logo o carro entrava pelo portão principal da casa.
- Obrigado por tudo. - ela agradeceu assim que fechou a porta do carro.
Ele lhe mandou um beijo e arrancou com o carro.
A casa estava em total escuridão quando ela entrou. O ambiente mergulhado no silencio mostrava que Serkan não a esperava.
“Ótimo, ele definitivamente não se importa!” - admitiu para si mesma tentando ao máximo ignorar a pontada de decepção que lhe atingia o coração.
Como uma adolescente fugitiva, ela tirou o salto alto e começou a subir as escadas tentando não provocar ruido nenhum.
Ela passou pela porta de seu quarto e para a sua surpresa uma mão lhe agarrou o ombro. Foi tudo tão rápido que Eda só percebeu o que estava acontecendo quando se sentiu esmagada entre a parede e um corpo másculo e firme que ela conhecia muito bem:
- Eu vou matar aquele cara, me ouviu? Só não sei se antes ou depois de você!
Algo no tom da voz dela a deixou assustada:
- Você esta me machucando... - ela disse num sussurro falhado e ele se afastou um pouco diminuindo a pressão
- Eu quero saber onde vocês foram, e quero saber quem ele era também. - não era uma pergunta era uma ordem direta
- Fomos jantar e depois saímos para dançar. - ela não sabia porque exatamente estava respondendo, afinal não deveria fazê-lo, e estava se sentindo estúpida por tudo isso.
Serkan apertou tanto o maxilar que ela jurou ter ouvido o barulho de algo trincando. Por algum motivo, uma necessidade imensa tomou conta dela e ela falou de maneira calma :
– Ah, e o nome dele é Efe e ele é gay.
Serkan a encarou como se lhe lesse a alma e ela sabia que ele estava procurando pela verdade... E a encontrou sem nem mesmo precisar perguntar mais alguma coisa, e ele entendeu tudo.
Ela havia feito aquilo para lhe causar ciúmes e pelos deuses ela havia conseguido!
- Nunca mais faça isso comigo Eda, você me ouviu? Nunca! Céus, eu quase morri de ciúmes pequena! - e então novamente para a surpresa de Eda ele a beijou da forma mais doce e carinhosa que poça se imaginar.

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