Engin parou de mastigar e olhou de um para o outro, surpreso.
- Perdão Serkan, não quis ser indelicada. Apenas fiz um comentário. - ela disse parecendo corada – Se me dão licença... - ela disse forçando um sorriso e se encaminhando até a porta.
Assim que a porta bateu, o olhar de Engin voltou-se para Serkan:
- Você foi meio que... ríspido quando ela falou da Eda. - assim que o olhar de ambos se encontraram ele completou – Ríspido até de mais. Tem algo que eu ainda não sei Serkan?
- Não entendi a pergunta. - ele disse se fazendo de desentendido
- Entendeu sim. - Engin disse tomando um gole de suco – O que à entre você e a Eda afinal?
- Não tem nada de mais. - ele disse dando de ombros – Apenas não gostei do tom que ela usou quando disse que Eda estava dormindo.
- As vezes eu acho que esse casamento de vocês não é tão de mentira assim...
- Não seja estúpido.
- … e Ceren pensa a mesma coisa. - Serkan ficou um tempo em silêncio e depois perguntou :
- A Eda disse algo a Ceren ou .. - Foi a vez de Engin interrompê-lo
- Talvez sim... mas Ceren nunca me contaria. - ele deu de ombros – Porém, ela tem a mesma opinião que eu. Ambos achamos que a algo mais.
- Pois são dois tontos. - ele disse começando a juntar os seus papeis.
- Tontos são você e Eda, que só o que sabem fazer é perder tempo. Confesse pro seu amigão aqui... - ele disse apontando para si mesmo – Você esta caidinho nela não éh?
- Claro que não!
- Oh meu Deus, esse olhar! - Engin começou a gritar – Eu conheço esse olhar! Você esta apaixonado por ela!
- Pare de criar fatos fictícios Engin.- ele rugiu como um leão – Tudo isso é patético.
- Pode apostar que depois do jeito que você defendeu ela aqui nesta sala, diante dos meus olhos, nada mais é patético amigo.
Serkan suspirou bravo:
- Como você reagiria se ela falasse da Ceren?
A pergunta de Serkan não o pegou de surpresa pelo contrário:
- Eu faria a mesma coisa que você. - ele disse de imediato
- Viu?! - Serkan disse vanglorioso
- Afinal, - Engin completou – eu sim admito que estou completamente maluco por Ceren. E isso meu amigo, é só mais uma prova de que você se encontra na mesma situação com Eda.
Indignado por ter sido preso em sua própria armadilha ele anunciou com a voz grossa:
- Estou indo pra casa.
Quando girou a maçaneta a voz de Engin o chamou novamente:
- Como seu advogado e amigo eu te alerto Serkan, não perca tempo. No contrato que eu mesmo redigi esta bastante claro: 6 meses. O tempo não para amigo... não para.
