Serkan pareceu tão chocado quanto Beren com a resposta, mas ela não esperou para ver ser algum deles diria alguma coisa, apenas virou as costas e começou a ir em direção a porta da saída.
Logo Serkan estava do seu lado com o maxilar apertado, acompanhando-a até o local onde o carro os estava esperando.
Nenhum dos dois falou uma palavra se quer até chegarem em casa.
Serkan mal tinha parado o carro e Eda já tinha pulado para fora. Ela sentia a raiva correndo por suas veias e pode jurar que estava prestes a matar alguém.
Digitou o código de segurança e entrou na casa com os passos rápidos:
- Você pode me dizer o que esta acontecendo? - ele perguntou enquanto ela ia em direção as escadas.
-Não tenho nada para falar. - ela gritou brava.
Nunca sentirá tanta raiva na vida!
- Sera que dá pra esperar antes de me acertar com a pia da cozinha ?! - ele perguntou irônico a seguindo pelas escadas – Se eu ao menos soubesse o porque de você esta tão brava eu... - ela o interrompeu aos gritos:
- Eu não aguento isso Serkan!
- Aguenta o que? - ele quis saber começando também a gritar.
Ela sentiu as lágrimas começarem a cair de seus olhos e não as impediu, deixou que viessem.
- Até quando vamos ficar brincando de casinha ? De papai e mamãe ? Eu não aguento mais isso! - ela gritou sentindo o corpo todo tremer de raiva – Eu não sou uma idiota Serkan, então não tente me fazer parecer uma! Se quer tanto transar com Beren, não pode ao menos esperar para fazer isso em um lugar onde não tenha tanta gente?
- Do que você...?! - ele entendeu e correu a agarrando pelos ombros – Não seja tola eu não estava flertando com Beren! Você me conhece bem o suficiente para saber que eu nunca faria isso! - ele a sacudiu pelos ombros – Ainda mais agora que as coisas entre nos estão cada vez melhores!
- Na cama você quer dizer, porque é só lá que as coisas ficam realmente boas entre nos. - ela não parava de gritar
- Não faça isso Eda. Não tente tornar feio uma coisa tão bonita que esta nascendo entre nós.
- E o que esta nascendo entre nós Serkan? - ela gritou lhe dando tapas por todo o peito musculoso.
- Eu não sei, mas é algo que eu quero preservar. - ele disse agora com a voz baixa – Eu fui até o banheiro e saindo de lá encontrei Beren, ela me disse que Jack Duarte queria me falar um segundo e eu fui ao encontro dele, quando você chegou ele tinha ido a procura de um ponche. - ele explicou enquanto ela mordia o lábio inferior se recusando a soluçar - Não vou brigar com você por causa de um ataque de ciúmes... Vamos para a cama e … - ela o empurrou com força sentindo o orgulho ferido.
- Você já me trouxe pra casa, pode voltar a aproveitar o resto da noite com a Beren. Eu não me importo contanto que seja discreto... - ela mal podia acreditar no que ouvia.
- Eda... - ele tentou recomeçar a falar, mas ela voltou a interrompê-lo
- Eu vou pro meu quarto. - ela anunciou em um tom que garantia que não havia outra opção – Sinto muito mas não vou poder diverti-lo essa noite.
- Não fale como se fosse uma prostituta. - ele disse apertando novamente o maxilar
- E isso faz alguma diferença pra você?
Ele não pode responder porque a porta grande e pesada do antigo quarto dela havia se batido com força, deixando todo o corredor em silêncio.