-NÃOOO! - Ceren disse com os olhos arregaladas e as mãos na boca – Você não fez isso!
- Sim, eu disse. - Eda respondeu sentindo aquela pontada de satisfação.
Ceren parecia terrivelmente apavorada... Também puderá, até mesmo Eda ainda estava surpresa com a própria atitude na noite anterior.
- E depois? - Ceren perguntou curiosa – O que ela falou?
- Ela não disse nada. - Eda falou dando de ombros – Também não lhe dei tempo para fazê-lo. Virei as costas e saí.
- E Serkan lhe acompanhou ou ficou com ela?
- Sim. - ela disse de maneira fria.
Ceren estreitou os olhos como se quisesse ver por dentro de seus olhos:
- Vocês brigaram não é?
- É... mais ou menos... - Eda disse na retaguarda tentando esconder a aflição
- Qual foi a desculpa de Serkan?
- Ele disse que estavam falando com um tal de Jack Duarte, e que o homem tinha saído em busca de um ponche quando eu cheguei.
- E se Serkan estiver falando a verdade?
Eda ficou alguns segundos em silêncio... Já havia perdido a conta de quantas vezes se fizera aquela mesma pergunta durante a noite.
- As coisas não mudariam tanto assim. Com o vestido que Beren estava usando não acho que ficar na companhia dela tenha sido um grande sacrifício.
- Ah, agora eu entendi! - Ceren disse soltando uma leve risadinha
- Entendeu o que? - Eda perguntou tendo quase certeza de que se zangaria com a resposta.
- O motivo de você estar brava não é o fato de Serkan tê-la deixado sozinha alguns minutos e sim o fato dele ficado alguns minutos com Beren.
- Esta insinuando que eu estou com ciúmes? - Eda perguntou irritada
- E não esta? - Ceren a desafiou.
- Claro que não! - Eda rebateu indignada
- Não minta! - a loira disse com aquele sorrisinho – Isso é puro e total ciúme!
- Não seja idiota!
- Então porque ficou tão brava quando viu os dois juntos?
- Ceren ele é meu marido! - ela disse balançando as mãos – E deixamos bem claro desde o início sobre a discrição que deveríamos ter sobre relacionamentos fora do casamento.
Ceren pensou um pouco e teve que concordar:
- É verdade, me lembro de termos exigido discrição.
- Então! - Eda disse parecendo aliviada – Ele estava flertando com ela em público e na frente de toda aquela gente!´Eu não vou passar por idiota!
- Tem certeza que é só isso Eda? - Ceren parecia desconfiada
- É claro! Porque não seria?
- Porque existe um jeito muito fácil de dar o troco nisso... - o olhar de Ceren era divertido e diabólico ao mesmo tempo.
- Sobre o que você esta falando?
- Saia com outro cara. Dê o troco em Serkan. Mostre pra ele como é bom ser passado pra trás.
Eda sentiu os cabelos da nuca se arrepiarem. Sair com outro cara? Ceren estava maluca?
- Eu nem sequer conheço tantos homens assim aqui.
- Você não, mas eu sim. Se quiser te apresento um amigo o nome … - Eda a interrompeu
- Eu não vou sair transando com qualquer um!
- E quem falou em sexo? Sai, jante e deixe Serkan morrendo de ciúmes assim como ele fez com você.
- Eu não fiquei com ciúmes! - ela rebateu na mesma hora parecendo ofendida
- Tudo bem... - a loira disse revirando os olhos - … você não ficou, estava apenas preservando a imagem de seja lá o que for! Olhe pense bem, se você fizesse isso … - o barulho da porta as interrompeu. Serkan havia chegado em casa.
As duas ficaram em silêncio e segundos depois Serkan apareceu se juntando a elas:
- Ceren. - ele disse forçando um sorriso – Como você está?
- Bem e de saída. - a loira informou ignorando o olhar suplicante de Eda
- E o bebê?
- Arg.. continua me deixando enjoada. - ela fez uma careta e logo foi na direção de Eda lhe dando um abraço – já sabe.. se precisar.
- Não vou precisar. - ela garantiu sabendo perfeitamente do que Ceren se referia.
- Você que sabe. Mas é uma boa ideia! - ela acrescentou indo em direção a porta – Tchau! - ela gritou já do lado de fora.