- Serkan, - ela disse suspirando sem se virar para encará-lo – eu não dormi nada esta noite, então …
- Você não foi a única que ficou acordada aqui, mocinha. - ele disse bravo.
Surpresa com a acusação Eda se virou para encará-lo.
O cabelo molhado mostrava que ele havia tomado banho e também tinha trocado de roupa, porem as olheiras e os olhos vermelhos pareciam confirmar que ele não havia dormido.
- Eu não pedi que ficasse me esperando acordado. - ela disse com o sabor de vitória na boca
- Eu vou perguntar mais uma vez. - ele disse com o tom bastante autoritário a ignorando – Onde você passou a noite ?
- Eu sai com a Ceren. - ela deu de ombros
- Então você dormiu na casa de Ceren ? - ele disse suspirando – Que engraçado porque eu liguei para o celular e para o telefone residencial de Ceren milhares de vezes, e ninguém atendeu.
- Não, - ela o corrigiu - eu disse que saí com ela, não que dormi na casa dela.
O maxilar dele se contraiu e Eda pode ouvir os dentes rangerem. Aquilo a arrepiou dos pés a cabeças, mas ela continuou parada, encarando-o de queixo erguido.
- Engin disse que não tinha noticiais de vocês. - ele disse ainda tentando manter a calma
Ele não precisava entrar em detalhes e contar que horas antes, quando contara a Engin, ele havia lhe mandado para todos os lugares possíveis e que ainda havia lhe xingado por tê-la preocupado tanto.
– Ora, veja que coincidência. - ela disse irônica – Acho que eu já ouvi algo parecido com isso em algum lugar. - ele revirou os olhos
- Não me venha com gracinha. - ele disse bravo – Ao contrário de mim você não sabe se cuidar.
- Bom mas teve quem o fez por mim. - ela disse sem mencionar que quem o fizera fora a própria Ceren.
Ele pareceu ter levado um soco bem na boca de estômago e se não fosse a onde de adrenalina que correu nas veias dele, fazendo-o dar dois passos e acabar com a distância entre eles, podia-se dizer que ele estava prestes a desmaiar.
- Não brinque comigo Eda. - ele disse entre os dentes a centímetros do rosto dela.
Corajosa e gostando do jogo Eda, não vultou um centímetro sequer para atras, muito pelo contrário. Empinou ainda mais o queixo e o olhando-o nos olhos disse com a voz tão calma e controlada que até mesmo ela se surpreendeu :
- Oh, eu não estou brincando nem um pouco, Serkan.
- Nós temos um contrato ! - ele gritou
- Desculpe, mas não me lembro de uma cláusula onde diga que não podemos temos alguns flertes. E já que você pode ter um caso eu também vou ter ! - ela disse sem se importar se estava mentindo ou não – Agora se me da licença …. - ele a interrompeu
- Não eu não dou ! - ele disse a segurando com força pelo pulso fazendo-a continuar parada bem ali na sua frente.
- O que é ? - ela provocou agora também gritando – Vai me amarrar e me prender até que passe os seis meses ? - ela o desafiou
A expressão do rosto dele passou de raiva para surpresa, e logo depois voltou para a raiva.
- É uma ótima ideia. - ele disse sério – Mas seria uma ideia ainda melhor, costurar sua boca, porque a convivência com você anda impossível ultimamente.
- Comigo ? - ela disse tentando livrar o pulso sem sucesso – Você que é paspalho.
- Olha como fala… - ele lhe advertiu segurando seu pulso com mais força.