Capítulo 116

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Assim que Eda ouviu o “tchau” de Ceren, virou-se sem encarar Serkan e começou a caminhar em direção as escadas.
- Temos que conversar. - ele disse logo atras dela
- Temos? - ela perguntou parando e o encarando por cima da ombro
- Sim. E você sabe. - ele insistiu
- Sei? - ela disse cruzando os braços em frente ao peito
- Vamos ficar nisso? - ele perguntou com ar zombeteiro
- Vamos? - ela provocou com o tipico brilho de desafio nos olhos
Serkan suspirou mostrando impaciência e logo tratou de também cruzar os braços.
- Porque tem quer ser sempre tão estressante brigar com você?
- Estressante?
- Chega! - ele explodiu – Você parece uma criança quando age desse modo.
- Oh, então deveria subir para o meu quarto e como castigo ficar sem jantar para pensar no que eu fiz? - ela estava mesmo disposta a brigar
- Sim, talvez devesse. - ela fez menção a começar a subir as escadas mas ele tratou de dizer – Mas não agora. Primeiro vamos conversar.
Ela parou no primeiro degrau da escada e o olhou com impaciência:
- Porque eu tenho a impressão de que não vou gostar da conversa?
- Porque você realmente não vai. - ele disse sincero.
- Então vai lá, comece. - ela provocou voltando a cruzar os braços
Serkan ficou alguns minutos em silêncio, pensando nas palavras certas para usar e de repente começou a falar:
- Você estava enganada ontem. - ele suspirou – Eu não estou nenhum pouco interessado em Beren. Como eu lhe disse estávamos com Jack Duarte e por coincidência quando você chegou ele tinha ido buscar uma bebida. E cale a boca, só eu falo. - ele tratou de avisar quando ela abriu a boca para retrucar – Você me disse que não aguenta mais brincar de casinha… eu também não aguento mais brigar com você por causa da Beren.
- Posso falar agora? - ela perguntou em um tom brincalhão.
- Porque você não gosta da Beren?
“Porque Ceren tem razão, eu morro de ciúmes de você”
- Eu simplesmente não gosto dela.
- Simples assim? Sem motivo nenhum?
- Simples assim. - ela garantiu dando de ombros.
Serkan suspirou. Estava a cada dia mais difícil entender Eda... Porque mulheres tem sempre que ser tão complicadas?
Um silêncio bastante significativo pairou sobre eles.
- Ontem … - ela começou insegura e gaguejando – Quando você disse que... que.. quando você deu a intender que tinha algo entre nos...
- Eu estava falando a verdade. - ele garantiu - Nós dois sabemos disso e eu estou disposto a fazer qualquer coisa para que possamos tentar, não sei, talvez ficar juntos.
O coração de Eda passou a bater em uma pulsação desenfreada enquanto os pensamentos voavam afoitos em sua cabeça. Um brilho de esperança estava brotando de algum lugar no seu peito...
- Qualquer coisa? - ela perguntou enquanto ele dava um passo a mais para frente.
Ele apenas assentiu e continuou se aproximando. Ele encarou Eda diretamente nos olhos parando em sua frente a pouca distância, e ela agradeceu por ter continuado no primeiro degrau da escada, porque agora, ambos estavam da mesma altura.
- Qualquer coisa … - ele garantiu com a boca a milímetros da dela.
Eda sentia a respiração dele contra sua pele... a aproximação... a boca... Tentando pensar com clareza ela pediu:
- Demita Belinda.

 Tentando pensar com clareza ela pediu:- Demita Belinda

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