Capítulo 02

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S/n Grimes

Lembram dos homens da caminhonete? Pois bem, eles nos trouxeram até uma pedreira, onde montaremos o nosso acampamento.

Há muitas outras pessoas aqui, incluindo Carol, Sophia e o idiota do marido dela, o Ed. O bom velhinho do trailer também veio com a gente, Dale, trazendo com ele um asiático de feição simpática.

No momento Shane está montando três barracas, enquanto eu estou sentada em uma rocha com meus fones de ouvido.

Oh, I hope some day I'll make it out of here
Oh, eu espero que algum dia eu consiga sair daqui
Even if it takes all night or a hundred years
Mesmo que leve a noite toda ou cem anos
Need a place to hide, but I can't find one near
Preciso de um lugar para me esconder, mas não consigo encontrar um perto
Wanna feel alive, outside I can't fight my fear
Quero me sentir vivo, lá fora não posso lutar contra o meu medo

Isn't it lovely?
Isso não é adorável?
All alone
Completamente sozinho
Heart made of glass, my mind of stone
Coração feito de vidro, minha mente de pedra
Tear me to pieces
Me rasgue em pedaços
Skin to bone
Pele e osso
Hello, welcome home
Olá, bem vindo ao lar

Estava com meus olhos fixos em Shane, que montava as barracas com a ajuda de Lori, enquanto Carl brincava com Sophia e os filhos de Morales.

Então, sinto uma mão tocar meu ombro. Tiro meus fones rapidamente e olho para trás, vendo o asiático parado bem atrás de mim.

— Te assustei? - ele perguntou com um sorriso amigável no rosto, sentando-se ao meu lado.

— Não, está tudo bem. - respondo, retribuindo o sorriso.

— Eu sou o Glenn, Glenn Rhee! - o asiático se apresentou.

— S/n Grimes! - me apresento de volta.

— Aqueles são seus pais? - Glenn perguntou curioso, olhando para Shene e Lori.

— Não, são só minha madrasta e um amigo do meu pai. - respondo de maneira simples.

— E onde está o seu pai? - ele continuou a perguntar, dessa vez, olhando para os lados a procura do meu pai.

— Ele está morto.

— Ãhn... ãhn... eu... eu sinto muito! - o asiático se desculpou rapidamente, notando o impacto da pergunta.

— Não precisa se desculpar. - o tranquilizo.

— Quantos anos você tem? - ele mudou de assunto.

— Fiz 18 mês passado. - respondo com um pequeno sorriso no rosto, lembrando da surpresa que meu pai preparou para mim.

— Pela idade, acredito que tenha acabado o ensino médio recentemente.

— Sim, com direito a festa de formatura e tudo.

— Pensa em fazer faculdade?

— Eu sempre quis me tornar uma boa xerife, como meu pai era, mas esse sonho parece ficar cada vez mais distante, ainda mais com tudo isso acontecendo. - fui sincera.

— Você acha que esse surto vai demorar pra passar? - ele perguntou, curioso com minha resposta.

— Viu o que fizeram com Atlanta? Com o suposto centro de refugiados? - pergunto retoricamente. — Seja lá o que esteja acontecendo, ou quem seja o responsável por isso, o governo não parece querer que a gente sobreviva.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora