Capítulo 54

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S/n Grimes

— Fiquei sabendo que foi sozinho até a enfermaria ontem. - comento, sentada ao lado do meu irmão.

Estávamos no meio do pátio observando nosso pai e os outros homens tirarem os corpos dali com a ajuda de Carol. Carl estava com a cabeça baixa, focado em limpar sua arma.

— Hershel precisava de antibióticos, e eu os consegui. - ele respondeu secamente.

— Também soube que gritou com a Lori. - ao dizer aquilo, o rapazinho olhou para mim, apenas esperando o meu sermão. — Não deveria falar assim com sua mãe.

— Ela fica no meu pé o tempo todo. - tentou argumentar.

— Isso mostra que ela se preocupa muito com você. - digo, arrumando o chapéu do garoto. — Promete não desrespeitar mais a sua mãe?

— Tá, eu prometo. - revirou os olhos, me fazendo rir baixinho.

Deixo Carl limpando sua arma e vou até o pessoal, ouvindo meu pai dar as ordens.

— Tudo bem, vamos trazer outro carro pra cá. - ele dizia. — Vamos pôr todos na entrada oeste do pátio.

— Ótimo. - disse Daryl de forma sarcástica. — Nossos carros parados lá fora chamando atenção.

— E depois, precisamos carregar esses corpos pra poder queimá-los. - meu pai o ignorou.

— O dia vai ser longo. - ouvi T-dog murmurar.

— Cadê o Glenn e a Maggie? - Carol perguntou. — Vamos precisar de ajuda.

— Tão lá na torre de guarda. - Daryl respondeu.

— Torre de guarda? - papai perguntou confuso. — Eles não tavam lá ontem à noite?

— Glenn! Maggie! - chamo pelo casal. — Vocês foram descobertos!

— Oi, gente! - o coreano apareceu sem camisa, me fazendo rir.

— Pretendem ficar aí em cima a manhã toda? - os provoco, ouvindo Daryl, meu pai e os outros rirem atrás de mim.

— O quê? - Glenn perguntou, não ouvindo direito, fazendo as risadas aumentarem.

— Vocês vêm? - agora era Daryl quem gritava. — Anda, a gente precisa de ajuda!

— Tá, a gente já tá descendo! - disse Glenn, entrando novamente na torre.

Nos afastamos enquanto ríamos, e nos repreendemos por imaginar o que aconteceu naquele torre na noite passada.

— Ei, Rick?! - T-dog nos fez parar.

Acompanhamos os olhos do homem e fechamos os sorrisos ao ver os dois prisioneiros saírem de dentro da prisão.

Papai foi rapidamente até eles, sendo seguido por T-dog e Daryl. Estava indo bem ao lado do meu pai, quando as mãos grossas do caçador me puxaram e fizeram eu caminhar atrás dos três, bem ao lado de Carol.

— Tínhamos um trato. - meu pai falou, olhando para os dois homens.

— Por favor, moço. A gente sabe disso. - disse Axel, o baixinho cabeludo. — Fizemos um trato, mas precisam entender. Não podemos viver naquele lugar nem mais um minuto, entende?

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora