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S/n Grimes
Voltamos para o refeitório, atentos nos movimentos dos prisioneiros. Eles não são de confiança, e já percebemos que não gostam muito da gente.
— Vocês nunca tentaram fugir daqui? - T-dog perguntou, olhando para as janelas.
— Tentamos arrancar as portas. Mas se der um pio aqui, aqueles bichos vão se amontoar atrás da porta gruindo, tentando entrar. - um deles explicou. — As janelas têm grades que nem o He-Man conseguiria entortar.
— Elas são reforçadas. - o baixinho cabeludo completou.
— Eu é que não vou reclamar. Tô cumprindo quinze anos, e minha perna mal cabe nesses beliches. - o maior falou, nos fazendo olhá-lo estranho.
— Não chamam ele de "Big Tiny" por nada. - o homem descontraiu.
— Vão continuar com esse papo? - o idiota perguntou impaciente. — Tô cansado de esperar.
Seguimos os homens até a dispensa e ficamos chocados com o que vimos. Tinha comida para meses, era como um tesouro perdido.
— Isso é o que vocês chamam de pouca comida? - pergunto surpresa, tentando disfarçar minha empolgação.
— Acaba rápido. - o babaca respondeu. — Podem levar um saco de milho, umas latas de atum...
— A metade. - papai o cortou. — É o trato.
Eu e Daryl fomos olhar o que tinha ali, enquanto meu pai e o tal prisioneiro se encaravam. Algo me diz que aquele cara ainda vai nos dar muito trabalho.
— O que tem ali? - ouço meu pai perguntar, olhando para uma porta fechada.
— Não abra isso. - um deles falou, mas já era tarde demais.
Ri ao ver meu pai quase vomitar ao abrir aquela porta, me calando ao receber seu olhar repreendedor.
Pegamos metade das coisas e voltamos para o nosso bloco, atraindo o olhar de todos.
— Carne enlatada, milho enlatado, entalado a rodo. - T-dig dizia, enquanto carregávamos as caixas e sacos para dentro da cela. — Tem muito mais de onde veio isso.
— Novidades? - papai perguntou, se referindo a Hershel.
— O sangramento está sob controle e sem febre, mas a respiração está fraca e o pulso muito baixo. - Lori respondeu. — E ele não abriu os olhos ainda.
— Pega a algema, coloca nele. - meu pai pediu, se virando para que Glenn pegasse as algemas em seu bolso. — Eu não quero correr riscos.
Entrei na cela onde decidimos colocar a comida e comecei a tirar as coisas de dentro das caixas, recebendo a ajuda de Carl e T-dog.
— Darlinda, pode me ajudar aqui? - chamo pelo caçador, tentando pegar uma das caixas.
— Já disse que não é pra me chamar assim. - ele disse irritado, passando por mim para pegar a caixa no chão.
— Tá bom, caipira. - continuo o provocando, deixando o homem ainda mais irritado.
Daryl parou ao meu lado e me lançou um olhar furioso, saindo da cela em passos pesados. Eu e T-dog fomos logo atrás, nos juntando ao caçador e ao meu pai. Pegamos algumas armas e voltamos para o refeitório.
— Por que eu preciso disto, se eu tenho isso? - o metido a invencível perguntou, tirando sua arma da cintura.
— A gente não dispara arma. - Daryl respondeu, olhando para o homem com ódio em seus olhos. — Ao não ser que esteja encurralado.
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Love in chaos - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 1 } "𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗵𝗼𝘂𝘃𝗲𝗿 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰𝗼 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮." Quem diria que essa frase fosse fazer tanto sentido? No começo S/n achava que não demoraria muito para enco...