Capítulo 55

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S/n Grimes

Comecei a atirar em todos os zumbis que vi pela frente, mas eles eram muitos. Eu ouvia os gritos do meu pai, que corria o mais rápido que podia pelo corredor, assim como Daryl e Glenn.

Vi quando Beth e Hershel se trancaram ali perto, enquanto eu continuava atirando nos zumbis ao lado de Maggie.

— Lori! - Maggie gritou, abrindo o portão do nosso bloco.

Passamos pelo portão e fomos até nossas celas, mas tinha zumbis por todo canto. Corremos pelos corredores escuros, procurando algum refúgio, foi quando Lori começou a passar mal.

— O que foi? - pergunto preocupada, acariciando suas costas.

— Alguma coisa está errada. - ela disse, se apoiando na parede.

— Foi mordida? - Carl perguntou rapidamente, vindo até nós.

— Não! - a mulher negou. — Eu acho que o bebê vai nascer.

— Merda... - murmurei, vendo mais zumbis virem em nossa direção.

— Não vai dar tempo! - Maggie falou. — Volta!

Eu e Maggie apoiamos Lori nos nossos ombros e a puxamos para trás, sendo guiadas por Carl. Entramos em uma sala qualquer, algo parecido com uma sala de máquinas ou algo assim.

Carl fechou a porta e desceu as pequenas escadas, vendo se o lugar estava limpo. Lori se segurava no corrimão, descendo com cuidado.

— Que alarmes são esses? - Lori perguntou, apertando algumas correntes para conter os gemidos de dor.

— Não se preocupe com isso. - disse Maggie, me ajudando a tirar a mulher de perto da porta.

— É melhor você deitar. - digo, vendo minha madrasta começar a suar frio.

— Não, o bebê já vai nascer. - ela falou.

— Temos que voltar pro nosso bloco e pedir pro Hershel ajudar. - Carl falou, sem saber o que fazer naquele situação.

— É perigoso sair daqui agora. - Maggie se apressou em dizer. — Você vai ter que dar a luz ao bebê aqui mesmo.

— Ótimo. - Lori sussurrou, se esforçando para respirar.

Maggie tirou a calça de Lori e a ajudou a deitar no chão. Me ajoelhei ao lado das duas e fiz exatamente tudo que Maggie me pedia. Carl nos encarava com confusão e medo, ele estava perdido e desesperado. Nenhum de nós sabia o que fazer.

— Vou examinar e ver se já está dilatada. - a ex fazendeira disse entre as pernas de Lori.

— Como sabe? - Carl indagou.

— Meu pai me ensinou, mas, acredite, é minha primeira vez. - ela respondeu, tentando examinar a mulher. — Eu não sei dizer... - disse com frustração.

— Tenho que empurrar.... Tenho que empurrar... - Lori murmurava para ela mesma, levantando novamente.

A mulher começou a empurrar, enquanto eu e Maggie tentávamos ajudá-la de alguma forma.

— Lori, para! - Maggie gritou. — Tem alguma coisa errada!

Arregalei meus olhos ao ver a mão de Maggie cheia de sangue, sentindo um nó se formar em minha garganta.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora