Capítulo 40

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S/n Grimes

Saí da minha barraca e dei de cara com Glenn sentado perto de uma árvore, com um sorriso malicioso no rosto. Revirei os olhos e fui até ele, tentando conter meu sorriso bobo.

— Nem pense em dizer algo. - o calo, antes mesmo que abrisse a boca.

— Eu nem disse nada. - ele falou, levantando as mãos em forma de rendição.

— Ele mandou eu passar na barraca dele hoje à noite. - resolvo comentar.

— E você vai? - Glenn perguntou, me olhando curioso.

— Vou, é claro que vou! - respondo rápido. — Só preciso esperar todo mundo dormir.

— Qualquer coisa eu te dou cobertura. - o coreano falou, piscando um olho para mim.

Sorri para ele e passei a olhar para o celeiro, onde todos aqueles zumbis estavam no outro dia. O sorriso que tinha nos meus lábios foi desmanchado e uma lágrima molhou meu rosto.

— O que foi? - Glenn perguntou preocupado, vendo a lágrima cair.

— O celeiro. - respondo, secando rapidamente meu rosto. — Se não tivéssemos aberto ele, nunca saberíamos que Sophia estava morta.

— Não estou dizendo que o que Shane fez foi 100% certo, mas agora nós podemos seguir em frente. - ele disse, tirando os olhos de mim e os pousando no celeiro também.

— Seguir em frente? - indago.

— Sim, seguir em frente. - ele concordou. — Agora sabemos o que aconteceu com Sophia, e podemos descansar. Nós estávamos atrás de um fantasma. - falou. — Agora ela pode ter paz, e nós também.

— Você tem razão. - digo.

— Claro que tenho. - o coreano disse convencido.

Ri e empurrei seu corpo com o meu, o fazendo rir também. Ficamos conversando ali até a noite cair, nos juntando com os outros em volta da fogueira.

Daryl não apareceu para o jantar, e isso me deixou um pouco preocupada. Enquanto eu comia, vi Carol chegar com os olhos marejados. Coloquei minha mão em seu ombro e o acariciei, fazendo a mulher sorrir fraco.

Eu não disse nada, apenas lhe lancei um olhar compreensivo e voltei a comer. Papai apagou a fogueira quando todos nós terminamos de jantar e foi para sua barraca com Lori e Carl.

Olho para Glenn e o vejo com um sorrisinho disfarçado no rosto, reviro os olhos e entro na minha barraca. Esperei até que tivesse certeza de que todos estavam dormindo, depois peguei uma lanterna e caminhei cuidadosamente até a barraca de Daryl.

Ilumino o caminho com a lanterna e avisto o caçador sentado em um pedaço de madeira. Ele fazia algumas flechas, estava tão concentrado que mal me viu chegar. Sento ao seu lado e encaro o rosto sério do homem, analisando cada traço seu.

— Por que não foi jantar? - resolvo perguntar.

— Não estava com fome. - ele responde de maneira grosseira.

— Aconteceu algo? Quer que eu vá embora? - pergunto nervosa, o fazendo finalmente me olhar.

— Não! - ele disse rápido. — Eu quero que você fique, me desculpa.

Sorri fraco ao sentir o desespero em sua voz, colando nossos lábios sem o deixar dizer outra coisa. Daryl largou a flecha que fazia no chão junto com a faca, usando as mãos para segurar a minha nuca.

— Acho melhor entrarmos. - ele disse entre o beijo, eu apenas concordei com a cabeça.

Entramos na barraca e grudamos nossos lábios novamente, em um beijo quente e desesperado. Deitei em seu colchão e senti seu beijos molharem meu pescoço, dando leves mordidas no mesmo. Arfei ao sentir sua mão deslizar pela minha barriga por baixo da blusa, acariciando meus seios por cima do sutiã.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora