Love in chaos - Daryl Dixon

Capítulo 52

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S/n Grimes

— Nada mal. Granadas de luz e granadas de contenção. - dizia meu pai, observando os equipamentos que encontramos. — Não sei como funcionariam com os zumbis, mas vamos levar.

— Eu não vou usar esse troço. - Daryl falou, segurando um dos capacetes que pegamos dos zumbis lá fora.

— A gente pode ferver. - T-dog sugeriu, segurando outro capacete.

— Nem com toda lenha da floresta. - o caçador se negou. — Sem chance!

— Eu também não vou usar isso. - digo, fazendo uma careta enquanto olhava a gosma cair do capacete.

— Além disso, a gente chegou até aqui sem isso. - disse Daryl, manuseando um bastão.

— Hershel! - Carol chamou pelo homem, fazendo todos nós olharmos para ela.

— Está tudo bem? - papai perguntou, achando que era algo com o bebê.

— Sim, não é nada sério. - a mulher respondeu, abrindo um sorriso gentil.

Papai observou o senhor se afastar, com aquele seu olhar preocupado e orgulhoso. Eu o encarei e franzi o cenho, repreendendo meu pai com o olhar.

— Deveria ver como ela está. - digo, ainda com os braços cruzados.

Ele não disse nada, apenas abaixou a cabeça e continuou olhando os equipamentos.

Vestimos as roupas dos guardas e nos preparamos para tomar o refeitório. Vejo Carl colocando um dos capacetes na cabeça, sorrindo na direção de Beth.

— Não vai precisar disso. - meu pai falou, tirando o capacete do menino. — Eu quero que fique aqui.

— Tá brincando? - Carl perguntou inconformado.

— A gente não sabe o que tem lá. - o homem explicou. — Se alguma coisa der errado, você pode ser o último homem de pé. Eu quero que cuide das coisas aqui.

— Tudo bem. - meu irmão concordou com a cabeça.

— É feio enganar criancinhas. - digo para meu pai, assim que saímos do bloco de celas.

Papai me olhou brevemente e voltou a focar na nossa missão. Daryl abriu uma das grades com suas chaves e iluminou os corredores escuros com a lanterna.

Haviam corpos por todo canto, o cheiro ali era horrível. Parecia cena de filme de terror.

Cada corredor que virávamos, Glenn marcava com spray. Assim, não ficaríamos perdidos na hora de voltar.

Dou um pequeno pulo ao ouvir Maggie e Glenn gritarem baixinho, olho para trás e vejo que os dois tinham batido o corpo um no outro.

— Nem pense em rir. - o coreano apontou para mim, vendo meus lábios comprimidos.

Levantei as mãos em forma de rendição e continuei andando.

— Pra trás! Pra trás! - papai mandou, nos empurrando com seu corpo.

Demos de cara com um grupo de zumbis assim que viramos em um dos corredores. Começamos a correr desesperados, tentando iluminar o caminho.

Corri sem parar, dando de cara com um outro grupo de zumbis. Sinto meu braço ser puxado e meu corpo jogado dentro de um quartinho escuro. Levanto minha lanterna e vejo Maggie e Glenn com os olhos arregalados.

— Merda... - murmuro, ajudando os dois a segurarem a porta.

Saímos do quartinho ao perceber que os zumbis tinham ido embora. Olhamos em volta e o corredor estava vazio e silencioso.