Capítulo 37

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S/n Grimes

— As coisas da sua madrasta? - meu pai perguntou, mexendo em uma das caixas que estavam em cima da cama de Hershel.

— Ele estava certo da recuperação dela. Que iriam retomar de onde pararam. - Maggie respondeu, colocando as mãos nos bolsos.

— Parece que ele achou uma velha amiga. - Shane comentou, segurando o cantil que encontrou em cima da cômoda antiga.

— Isso era do meu avô, deu pro meu pai quando ele morreu. - a Greene explicou, pegando o objeto das mãos do homem.

— Não sabia que Hershel bebia. - digo, fazendo a mulher negar rapidamente.

— Ele parou no dia que eu nasci. - ela disse. — Nem permitia bebida dentro de casa.

— Qual é o bar da cidade? - papai perguntou.

— Hatlin's. Ele praticamente vivia lá na época que bebia. - Maggie respondeu.

— Acho que é lá que o encontraremos. - disse meu pai, olhando para o asiático.

— É, eu sei onde fica. Te levo lá! - Glenn falou.

— Tá bom. - papai aceitou a sugestão, indo até a porta do quarto. — Vou pegar a picape.

— Não! - a mulher disse rápido, segurando o braço de Glenn.

— Não tem perigo. - o coreano tentou tranquilizar a... namorada?

— Como foi na farmácia? - ela indagou, olhando seriamente para o rapaz.

— Ei, Maggie? - meu pai chamou a mulher, fazendo a mesma encará-lo. — Eu vou trazê-lo de volta.

Saímos todos do quarto, indo até a picape estacionada perto do nosso acampamento. Papai entrou no banco do motorista, e Glenn no do passageiro. Já ia entrando no banco de trás, quando a voz do meu pai me fez parar.

— Você não vai. - ele disse, me fazendo rir.

— Eu vou sim. - digo, entrando no veículo mesmo assim.

— Estou tentando te proteger, pode facilitar meu trabalho? - papai me olhava pelo retrovisor, esperando que eu saísse da picape.

— Pai, eu não vou sair. - eu disse, me arrumando no banco.

Ouço meu pai bufar e ligar o carro em seguida, desistindo de tentar me fazer ficar. Vejo Maggie acenando para a gente e aceno de volta, lançando um sorriso amigável para a mulher.

O caminho estava sendo silencioso, até Glenn começar com sua tagarelice.

— Maggie disse que me ama. - ele disse de repente. — Ela não falou sério. Não pode ser. Bem, ela está triste, ou confusa. Talvez esteja...

— Acho que ela é esperta o bastante pra saber o que sente. - papai o cortou.

— Não! Não! - o coreano negou, fazendo eu e meu pai rir. — Ela quer se apaixonar, então ela precisa de alguma coisa pra... tipo...

— Glenn, é óbvio que a Maggie te ama. E eu acho que não seja porque você é um dos únicos homens disponíveis. - dessa vez, foi eu quem interrompeu o rapaz. — Então, qual é o problema?

— Eu não disse que a amava. - ele respondeu, abaixando a cabeça. — Nunca uma mulher me disse isso antes. A não ser minha mãe, é claro, e as minhas irmãs. Mas, com a Maggie é diferente. Nós mal nos conhecemos. O que ela sabe sobre mim? Nada. Somos praticamente estranhos. - desabafou, sendo ouvido com atenção por mim e meu pai. — Mas eu não sabia o que fazer e só fiquei parado igual um idiota.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora