Capítulo 24

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S/n Grimes

— Já vai escurecer. É melhor a gente ir. - Daryl falou, depois de horas caminhando por aquela mata.

— Daryl tem razão, vamos voltar. - concordo com o homem, ansiosa para chegar na estrada e encontrar meu pai e meu irmão.

— E voltamos de novo amanhã? - Carol perguntou.

— Isso, a acharemos amanhã. - digo, olhando de relance para a mulher.

Daryl assobiou e sinalizou com a mão, o que nos fez segui-lo. Faltava mais ou menos um quilômetro para chegarmos na estrada. Andrea não parava de reclamar, ficando irritada com a própria sombra. Em questão de segundos a mulher acabou se distanciando, a única coisa que ouvimos foi um grito desesperado.

Corremos na direção do grito o mais rápido que podíamos. Quando chegamos até a loira, encontramos uma mulher em cima de um cavalo. Ela chamava por Lori, o que nos deixou ainda mais confusos.

— Lori? Lori Grimes? - a mulher chamava.

— Eu sou a Lori. - minha madrasta respondeu rapidamente.

— O Rick me mandou. Você tem que vir agora. - a desconhecida falou com a respiração ofegante.

— O quê? - Lori perguntou, ainda sem entender muito bem.

— Houve um acidente. O Carl foi baleado. - quando a mulher disse aquilo, meu coração gelou. — Ele ainda está vivo, mas você tem que vir agora. O Rick precisa de você, anda!

Lori se apressou em tirar a mochila, jogando a mesma para mim. Ela já ia subindo no cavalo com a mulher, quando Daryl a parou.

— Ei! - ele a chamou. — Não conhece essa garota. Não pode ir com ela.

Lori não lhe deu ouvidos, subiu no cavalo mesmo assim.

— Rick disse que tem outros na estrada, naquela engarrafamento. Vá até a Fairburn Road. É perto da nossa fazenda. Olhe a caixa do correio. O nome é Greene. - a desconhecida explicou de forma apressada, arrastando o cavalo logo em seguida.

Ficamos parados por um tempo, raciocinando o que tinha acabado de acontecer. Eu nem conseguia me mover, estava congelada. Não conseguia acreditar, meu irmão... meu irmão baleado.

Muitas perguntas passavam pela minha cabeça, mas nenhuma podia ser respondida. Não agora. Algumas lágrimas caíam lentamente, enquanto minha respiração começava a falhar.

— Você está bem? - Glenn perguntou, me tirando do transe.

— Meu irmão... - murmuro, sem conseguir dizer outra coisa.

— Ouviu a mulher, ele está vivo. - o coreano tentou me tranquilizar. — Vamos voltar pra estrada e encontrar aquela fazenda.

— Ele foi baleado... - continuo murmurando, ainda com o corpo rígido.

— Anda, estamos perto. - ouço a voz rouca de Daryl, que me encarava com a besta em punho.

Glenn acariciou meu ombro e me puxou pela mão, me fazendo começar a caminhar. Logo chegamos na estrada e contamos tudo o que havia acontecido, ou melhor, os outros contaram. Eu ainda estava digerindo a notícia.

Carl não pode morrer, ele não pode. Meu irmãozinho, meu pequeno garoto. Ele tem que ficar bem, sua vida não pode acabar assim.

— Eu não vou fazer isso. - Carol falou. — Não podemos ir embora assim.

Estávamos na frente do trailer com Dale e T-dog. Glenn estava encostado no capô de um carro ao meu lado, dizendo coisas positivas e me abraçando de lado.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora