S/n Grimes
Não demorou muito para Daryl chegar com os antibióticos. Quando ele soube o que eu fiz, veio correndo até o bloco A. Eu estava começando a me sentir mal, meu corpo tava mole e minha cabeça doía um pouco, mas eu fiquei bem... ou ficarei.
— Você é louca. - disse Daryl, me fazendo tomar outro copo de chá.
— Descobriu isso agora? - brinquei.
Daryl sorriu e pegou outra seringa, os antibióticos foram diluídos no soro e aplicados direto nas veias sanguíneas. Glenn e os outros infectados já tomaram os remédios, incluindo Hershel e Maggie.
Eu estava em uma cela com Daryl ao meu lado, o caçador insistiu em ficar para garantir que eu tomasse todos os meus remédios e o chá que Hershel preparou mais cedo.
— Aqui, pra manter os fantasmas longe. - ele me entregou uma pequena pedrinha verde, me surpreendendo com o ato inesperado.
Sorri de orelha a orelha ao pegar a pedra, o olhando desacreditada. Ele lembrou. No final das contas, ele sempre ouve as besteiras que eu falo.
— Você... você lembrou. - tropeço um pouco nas palavras, ainda com o sorriso largo nos lábios. — Obrigada!
— Sua voz é tão irritante que me perturba até quando eu não tô perto de você. - Daryl falou, sorrindo disfarçadamente.
— Por que não confessa logo que gosta de mim e resolve isso? - eu brinquei outra vez, mas caí na real quando o silêncio constrangedor surgiu entre nós.
— Sabe da Carol? - perguntou, depois de alguns minutos em silêncio.
— Sobre isso... érr... - novamente, eu não sabia o que dizer, ou melhor, como dizer. — Acho melhor você falar com meu pai.
— Por quê? O que aconteceu? - o homem perguntou, começando a ficar preocupado.
— Preciso tomar meu chá. - o ignoro, dando outro gole na minha bebida.
Daryl levantou da cama onde estávamos sentados e saiu em passos pesados. Soltei um longo suspiro e fiquei encarando o lado de fora da cela, vendo o homem se afastar.
Às vezes ele é agressivo e grosso até demais, mas tem um bom coração. Eu sei que tem.
Carol e ele são melhores amigos, ele vai ficar muito irritado quando souber o que meu pai fez. Não o culpo pela raiva que irá sentir, pois eu sentiria o mesmo se fosse com o Glenn.
Não consigo me ver sem aquele asiático irritante e desastrado. Glenn é o único que me entende de verdade, pelo menos fingi entender.
De qualquer forma, espero que Daryl não faça nenhuma besteira. Tenho medo que ele vá embora outra vez, agora, atrás da Carol.
Também não consigo ver esse lugar sem o Dixon. Pessoas dependem dele todos os dias, principalmente meu pai.
Eu dependo dele para me manter no controle.
— Tá apaixonada por ele, né? - saí do meu transe ao ouvir a voz do Glenn.
— Pra ser sincera, eu não sei. - respondo, me arrumando na cama para que o coreano sentasse ao meu lado.
— Eu acho que ele tá apaixonado por você. - disse o rapaz, olhando fixamente para fora da cela.
— Não tenho tanta certeza disso. - ri forçadamente.
— O que é isso? - ele pegou a pedrinha. — Foi ele que trouxe?
— Foi. - sorri boba outra vez, fazendo Glenn sorrir malicioso.
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Love in chaos - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 1 } "𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗵𝗼𝘂𝘃𝗲𝗿 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰𝗼 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮." Quem diria que essa frase fosse fazer tanto sentido? No começo S/n achava que não demoraria muito para enco...