Capítulo 11

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S/n Grimes

— Tão falando sério? - Daryl perguntou sem paciência, como de costume. — Aquela garota morta é uma bomba relógio. - disse, se referindo a Amy.

— O que você sugere? - meu pai perguntou.

— Dá um tiro, bem na cabeça. Eu acerto um peru entre os olhos nessa distância. - ele respondeu, olhando e apontando para a garota morta no chão.

— Não. - disse Lori, sentando em uma pedra. — Pelo amor de Deus, deixa ela em paz.

Meu pai e Shane se entreolharam, enquanto Daryl continuava tentando convencê-los a matar logo a garota. Afinal, Amy havia sido mordida e poderia acordar a qualquer momento. Estaríamos em perigo se isso acontecesse, principalmente Andrea.

Daryl desistiu de tentar convencê-los e foi começar a queimar os zumbis. Tínhamos duas pequenas montanhas de corpos, a dos zumbis, que seriam queimados, e a do nosso povo, que seria enterrado.

Houve uma pequena discussão entre Daryl e Glenn por causa dos mortos, depois acabamos descobrindo que Jim havia sido mordido ontem a noite. Nos reunimos no meio do acampamento e começamos a discutir sobre o que faríamos com o homem.

— A gente acerta a cabeça dele com a picareta, e a garota morta também. - disse Daryl, usando a violência como solução para tudo.

— É o que gostaria se fosse você? - Shane perguntou, encarando o Dixon.

— Eu agradeceria se fizessem isso. - ele respondeu, olhando furioso para Shane.

— Nunca pensei que fosse dizer isso, mas talvez o Daryl tenha razão. - Dale confessou.

— O Jim não é um monstro, Dale. - meu pai o interrompeu. — Nem um cachorro raivoso. Ele é um homem doente. Se a gente começar com isso, onde vamos parar?

— Pra mim está bem claro, tolerância zero pra zumbis. Essa é a regra. - Daryl falou, ficando cada vez mais irritado.

— E se conseguimos ajuda pra ele? - quando meu pai disse aquilo eu tive vontade de rir, mas comprimi meus lábios e me controlei. — Eu soube que o CCD estava trabalhando numa cura.

— Ouvi isso também, ouvi muita coisa antes do mundo virar um inferno. - disse Shane, totalmente desacreditado.

— E se o CCD ainda estiver funcionando? - perguntou meu pai.

— Cara, eu acho isso muito improvável. - respondeu o ex policial.

— Por quê? - meu pai insistiu. — Se tiver algum tipo de governo ainda, ou alguma estrutura, eles vão proteger o CCD a todo custo. Eu acho que é a nossa melhor chance. Abrigo, proteção...

— Eu também quero essas coisas. — Shane o cortou. — Eu quero mesmo. Agora, se existem, estão lá na base do exército. Forte Benning.

— 160km na direção oposta. - Lori comentou.

— Isso mesmo, mas fica fora da zona de perigo. - o ex policial continuou. — Se o lugar estiver funcionando, eles estarão bem armados. Estaremos à salvo lá.

— Os militares estavam na linha de frente disso tudo, eles foram derrotados. Todos nós vimos isso. - papai falou, quase perdendo a paciência. — O CCD é a nossa melhor escolha, e a única chance do Jim.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora