S/n Grimes
— Nos cobrimos com as entranhas dos zumbis e caminhamos entre eles. Aí começou a chover e nós tivemos que correr o mais rápido que podíamos. Quase morremos. - Glenn contava para as crianças, que estavam todas reunidas em um pequeno círculo.
Nego com a cabeça e me afasto, deixando o coreano continuar com seu momento de pura empolgação.
— S/n, vem cá! - ouço meu pai me chamar e corro até ele, me envolvendo em seus braços. — Quero conversar um pouco com você, saber o que aconteceu nesses últimos dias. - ele disse, fazendo minha respiração pesar. — Está tudo bem?
— Sim, sim! Está tudo bem! - respondo rapidamente, forçando um sorriso largo. — Eu só... não consigo acreditar que você está mesmo aqui.
— Tive muito medo de ter perdido vocês. Você nem imagina a dor que eu senti quando me disseram que vocês podiam estar mortos. Mas eu me agarrei a esperança de que vocês estavam por aí, vivos e seguros. E eu estava certo.
— Quem disse isso pra você? - pergunto curiosa.
— Um homem que eu conheci quando saí do hospital. Ele tentou me preparar para o pior, mas eu me recusei a aceitar isso. - meu sorriso forçado se transformou em um sorriso sincero, o qual foi retribuído pelo meu pai. — Mas eu ainda quero saber as novidades!
Antes que eu falasse qualquer coisa, gritos ecoaram pelo acampamento. De repente vejo Carl saindo de trás de um arbusto, correndo desesperado.
— PAI! - meu irmão gritou, escondendo o rosto na barriga do nosso pai.
— O que aconteceu? - pergunto preocupada.
Carl apontou para o arbusto de onde saiu e Lori o puxou, permitindo que eu, meu pai e os outros fôssemos ver o que tinha ali. Chegando lá, vimos um desses mortos comendo um cervo. Quando viu a gente ele tentou nos atacar, mas Dale foi mais rápido e cortou sua cabeça.
— É o primeiro que chegou aqui em cima. Nunca vieram tão longe nas montanhas. - Dale comentou, analisando a cabeça decapitada do zumbi.
— Estão ficando sem comida na cidade, é por isso. - disse Jim, um dos homens que está acampando com a gente.
Algo começou a se mover entre as folhas, fazendo todos nós apontarmos nossas armas para lá. Logo, vimos Daryl se aproximando com sua besta nas mãos. Respirei aliviada ao vê-lo, o qual nem ao menos trocou um olhar comigo.
— Desgraçado! - ele xingou, olhando para o animal no chão. — Esse veado era meu. Olha só, ele foi todo comido por essa coisa imunda. - disse, enquanto chutava o corpo do zumbi. — Doente! Desgraçado! Idiota!
— Calma, filho, isso não vai ajudar. - disse Dale, tentando acalmá-lo.
— O que você sabe sobre isso, coroa? - Daryl perguntou, parando na frente do bom e gentil velhinho. — Por que não pega esse chapéu idiota e volta pra casa de praia? - ele perguntou com a voz carregada de ironia e raiva. — Andei quilômetros atrás desse cervo, ia levar ele para o acampamento, fazer uma carne pra nós. E se a gente cortasse essa parte que não foi comida? - sugeriu.
— Eu não vou comer isso. - digo, fazendo cara de nojo.
Daryl me fuzilou com o olhar, mas não soltou nenhuma piadinha, como sempre costuma fazer.
— É uma pena, mas eu consegui uns esquilos, uma dúzia deles mais ou menos. Vai ter que dar. - ele disse, cravando uma flecha na cabeça do zumbi, que havia voltado a se mover. — Qual é, galera? Tem que ser no cérebro, não sabem disso?
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Love in chaos - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 1 } "𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗵𝗼𝘂𝘃𝗲𝗿 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰𝗼 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮." Quem diria que essa frase fosse fazer tanto sentido? No começo S/n achava que não demoraria muito para enco...