Capítulo 44

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S/n Grimes

— Onde estava? - pergunto desconfiada para Carl, que havia sumido de repente.

— Dando uma volta. - ele respondeu rapidamente.

O garoto estava meio sujo de lama, e tinha um olhar culpado no rosto.

— Vá ficar com o Jimmy. - digo, empurrando o menino para dentro da casa. — Vamos nos reunir agora.

— Mas eu quero ouvir. - Carl falou, me olhando com aquele olhar pidão.

— Não vai ser dessa vez. - eu disse, negando com a cabeça.

Entrei na casa e parei ao lado de Daryl, que me olhou brevemente. Ele não disse nada, apenas forçou um sorriso fraco.

— E aí, como a gente vai fazer? Vamos só votar? - Glenn foi o primeiro a perguntar.

— Tem que ser unânime? - agora era Andrea quem perguntava.

— Que tal a maioria vence? - Lori sugeriu.

— Bom, a gente pode ouvir a opinião de todo mundo, daí podemos discutir as opções. - papai falou.

— Na minha opinião, só tem uma solução. - disse Shane, apoiando as costas em um móvel antigo.

— Matá-lo, não é isso? - Dale perguntou, aparentemente irritado. — Por que se importar com votação? Está claro como as coisas ficaram.

— Se alguém acredita que devemos poupá-lo, eu quero saber. - disse meu pai.

— Posso dizer que é um grupo pequeno. Talvez só eu e o Glenn. - Dale falou, deixando o coreano nervoso.

— Olha eu... eu acho que você está certo sobre quase tudo o tempo todo, mas isso... - o rapaz começou a dizer, mas foi cortado pelo senhor.

— Eles botaram medo em você!

— Ele não é um de nós. E também já perdemos muitas pessoas. - Glenn tentou se explicar.

— E quanto a você? - Dale perguntou, agora, olhando para Maggie.

— Ele não pode continuar preso? - a fazendeira perguntou.

— É mais uma boca pra alimentar. - disse Daryl, claramente contra aquela decisão.

— Pode ser um inverno magro. - Hershel comentou.

— Mas ele pode ser uma ajuda. - Dale tentou encontrar uma solução. — Deem a ele uma chance de provar isso.

— Não podemos deixá-lo andando por aí. - disse meu pai.

— A gente põe uma escolta. - Maggie falou com a voz serena.

— E quem vai ser voluntário pra essa tarefa? - Shane perguntou com sarcasmo na voz.

— Eu vou. - disse Dale.

— Nenhum de nós deveria ficar andando por aí com esse cara. - papai falou.

— Ele está certo. - Lori defendeu o marido. — Eu não me sentiria segura, a menos que ele esteja amarrado.

— Podemos por correntes nos tornozelos e mandá-lo pra trabalhos forcados. - Andrea sugeriu.

— Voltamos pro período de escravidão? - pergunto de forma sarcástica, olhando para a loira com indignação.

— Olha, vamos supor que a gente deixe ele se juntar a nós. - Shane começou. — Talvez ele seja útil, talvez ele seja bom. Quando a gente baixar a guarda ele vai fugir e trazer aqueles 30 homens pra cá.

— Então, a resposta é matá-lo pra evitar um crime que ele pode nunca sequer tentar? - Dale perguntou, ainda mais inconformado. — Se fizermos isso, estamos dizendo que não há esperança. Estado de direito morreu, não existe civilização.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora