Capítulo 14

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S/n Grimes

Levantamos nossas armas e entramos no lugar com cuidado e receio. Caminhamos pelo saguão esperando encontrar alguém, mas o lugar parecia estar vazio.

— Olá! - ouvimos uma voz masculina, olhamos para nossa frente e vimos um homem com uma AK-47 em punho. — Tem alguém infectado?

— Um do nosso grupo estava, mas não sobreviveu. - meu pai respondeu.

— Por que estão aqui? O que querem? - o homem perguntou, se aproximando de nós.

— Uma chance. - disse meu pai.

— É pedir muito esses dias. - foi o que o homem falou.

Por alguns segundos o homem ficou nos encarando, talvez pensando o que faria com a gente. Em nenhum momento abaixamos nossas armas, só depois que o desconhecido abaixou a sua.

— Todos vocês terão que fazer exame de sangue. É o preço da admissão. - disse o homem.

— Podemos fazer isso. - meu pai concordou rapidamente.

— Se quiserem trazer alguma coisa tragam agora. Quando essa porta fechar não abre mais. - ele avisou.

Pegamos o que tínhamos que pegar e seguimos o homem até um grande elevador.

— Rick Grimes. - papai se apresentou.

— Dr. Edwin Jenner. - o desconhecido se apresentou de volta.

— Os médicos sempre andam armados por aqui? - Daryl perguntou, deixando o sarcasmo evidente em seu tom de voz.

— Muitas armas sobraram, já me familiarizei com elas. - disse o médico. — Mas vocês parecem inofensivos, exceto você. - olhou para Carl, que abriu um pequeno sorriso.

Saímos do elevador e caminhamos por um grande e largo corredor. Carol começou a respirar uma pouco ofegante, enquanto Sophia apertava sua mão.

— Estamos no subsolo? - a mulher perguntou ao Dr.

— Você é claustrofóbica? - Carol assentiu. — Tente não pensar nisso.

Fomos levados para uma outra sala, um lugar grande e cheio de computadores. O que mais me chamou atenção foi o fato do médico sempre falar com uma tal de Vi.

— Vi, acenda as luzes da sala grande. - ao dizer aquilo, todas as luzes foram acesas. — Bem-vindos a zona 5.

— Onde está todo mundo? - perguntei curiosa e desconfiada.

— Só sobrou eu aqui. - Dr. Jenner respondeu, me fazendo respirar fundo.

— E a pessoa com quem estava falando? A Vi? - indagou Lori.

— Vi, cumprimente os nossos convidados. Diga a eles: "bem-vindos". - ele pediu, sendo acompanhado por uma voz mecânica.

Olá, convidados. Bem-vindos.

— Sou só o que sobrou. Eu sinto muito. - disse o médico novamente, nos levando para o lugar onde coletaria o nosso sangue.

Andrea foi a última a ter seu sangue coletado, questionando o porquê daquilo a todo minuto. Ao levantar a mulher deu uma leve cambaleada, fazendo o médico olhá-la com preocupação.

— Deve ser fome. - ela disse.

Edwin nos levou para uma outra sala, o refeitório. Aquele lugar parecia um labirinto de tão grande que era. Nos sentamos em uma grande mesa e fomos servidos com muita comida e vinho. Aquilo parecia um sonho.

Nunca tomei tanto vinho na minha vida, e acho que não era a única. Eu tenho dezoito anos, não costumava encher a cara, mas esse é um momento raro e especial. Temos todos que aproveitar.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora