Love in chaos - Daryl Dixon

Capítulo 72

S/n Grimes

Voltamos para a prisão e começamos a nos preparar. O Governador pode nos atacar a qualquer momento, principalmente depois do baita prejuízo que Merle deixou antes de morrer.

Juntamos todas as nossas coisas. Armas, munição, comida, roupas e tudo que nos pertencia. Colocamos tudo dentro dos carros e os levamos para longe.

Ficou combinado que Hershel, Carl e Beth ficariam na floresta escondidos com a Judith. Daryl, Michonne e meu pai se posicionariam nos corredores da prisão, prontos para lançar bombas de fumaças e colocar o pessoal do Governador para fora. Maggie, eu e Glenn ficamos com o ataque. Assim que o imbecil e seu exército saíssem de dentro da prisão, encheríamos todos de balas.

Era um bom plano, tudo muito bem pensado e articulado.

Só basta saber se vai dar certo.

Sobre o Daryl, bem... ele está calado e quieto, apenas concorda com tudo que meu pai ou qualquer outra pessoa diz. Tentei falar com ele, mas foi em vão. O caçador sempre me interrompe dizendo que precisa se preparar.

Queria que ele dissesse algo, qualquer coisa. Eu quero que ele grite, xingue ou apenas desabafe, a única coisa que importa é ouvir a sua voz.

Lá fora, assim que a música parou de tocar, Daryl limpou as lágrimas que haviam caído e se levantou em silêncio. O caminho até a prisão foi assim, silencioso, agonizante e pesado.

Mas temos coisas mais sérias para pensar no momento.

Subi na pequena passarela ao lado de Glenn, Maggie se posicionou do outro lado. Apesar da situação, os dois estavam felizes. O coreano finalmente tomou atitude e pediu a ex fazendeira em casamento.

— Ainda não acredito que você colocou o anel de uma defunta no dedo da Maggie. - irrito meu amigo.

— Foi o melhor que pude encontrar. - ele disse de forma inocente. — Pelo menos é um anel bonito.

Rimos e continuamos conversando, era a única coisa que podíamos fazer por enquanto. Nos distrair um pouco era melhor do que ficar ansiosos e nervosos para a chegada do Governador.

— Como está o Carl? - Glenn perguntou, aparentemente preocupado.

— Calado, frio. - respondo com pesar.

— Nunca vi ele tão bravo. Nem mesmo com a Lori. - disse o rapaz. — Ele se fechou.

— Mas vai ficar bem. - digo, olhando para a floresta há alguns metros de nós. — No final, os Grimes sempre terminam bem.

— Seu pai é a prova viva disso. - disse Glenn com um sorriso fraco no rosto, me fazendo sorrir também.

O momento de descontração chegou ao fim quando três carros invadiram a prisão, todos carregados de pessoas.

A hora tinha chegado, e eu já não tinha mais tanta certeza de que aquilo funcionaria.

— Vai ficar tudo bem. - Glenn garantiu, segurando a minha mão com firmeza.

Uma das torres de vigia foi explodida, a outra foi coberta por tiros, o alto som foi o que me deu certeza disso. Eu e Glenn nos abaixamos atrás das placas de ferro que havíamos colocado ali, e eu sabia que Maggie tinha feito o mesmo.

Ficamos parados e em total silêncio. Um movimento brusco e saberiam que estávamos ali.

O som das balas que eles atiravam com certeza atrairia mais zumbis, mas temos que resolver um problema de cada vez. Pelo menos as cercas que Michonne sugeriu colocar no meio do campo deram resultado, os peneis foram furados e a maioria tiveram que continuar a pé.