Capítulo 43

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S/n Grimes

Estávamos todos reunidos em volta da fogueira. Ainda era cedo, mas o inverno está chegando e os dias estão ficando cada vez mais frios.

Meu peito estava apertado, eu não conseguia tirar meus olhos do celeiro. Daryl se ofereceu para "conversar" com o tal Randall, tentar tirar alguma informação dele. Não queria que Daryl ficasse com o trabalho sujo, que ele se sentisse na obrigação de fazer isso, mas o que eu podia fazer se ele mesmo se ofereceu?

— Então, o que vão fazer? - Carl perguntou, sentando ao meu lado.

— Nos sentiríamos melhor se conhecêssemos o plano. - Lori comentou, olhando para meu pai.

— Existe um plano? - perguntou Andrea.

— Manter ele aqui? - Glenn indagou.

— Saberemos daqui a pouco. - papai respondeu.

Respiro fundo ao ver Daryl se aproximar com sua besta nas costas e as mãos sujas de sangue.

— O rapazinho lá tem uma gangue. - disse o caçador. — Uns trinta caras. Com artilharia pesada e não estão pra fazer amigos. Se vierem pra cá, os homens do nosso grupo vão morrer. E as mulheres, ainda pior. - falou a última parte olhando brevemente para mim.

— O que você fez? - Carol perguntou, olhando para sua mão machucada.

— Bati um papinho. - o homem deu de ombros.

— Ninguém chega perto desse cara. - papai falou de maneira séria.

— Rick, o que você vai fazer? - Lori perguntou, parando na frente do marido.

— Não temos escolha. Ele é uma ameaça. - papai respondeu. — Temos que eliminar a ameaça.

— Vai simplesmente matá-lo? - Dale questionou, indignado com aquilo.

— Está resolvido. Faço isso hoje. - disse meu pai, dando às costas e se afastando.

Carl observava tudo aquilo em silêncio, acompanhando nosso pai com os olhos. Baguncei seu cabelo e o fiz sorrir de leve, tendo sua atenção em mim.

— Não se preocupe, vai ficar tudo bem. - digo baixinho, o abraçando.

Levanto e vou até minha barraca, pego um kit de primeiros socorros e caminho discretamente até o acampamento de Daryl.

— Deixou o rosto dele inteiro? - pergunto quando já estava perto suficiente do caçador.

— O que está fazendo aqui? - ele perguntou de forma um pouco grosseira, olhando para a caixinha que eu segurava.

— Sua mão está toda ferrada. - digo, apontando para sua mão ensanguentada. — Vim pra fazer um curativo nisso aí.

— Não precisa. - negou minha ajuda, fechando a mão e a escondendo de mim.

— Senta logo aí e me deixa te ajudar! - falei de maneira autoritária.

Daryl olhou para mim com o cenho franzido e depois sentou no banco de madeira. Sentei no banco ao lado e peguei sua mão machucada, limpando a mesma com um pouco de álcool.

— Ai! - ele resmungou, sentindo o álcool entrar em contato com o machucado.

— Um homão como você não aguenta um pouquinho de ardência? - o provoco com um sorrisinho no rosto, enquanto Daryl me lançava um olhar mortal.

Me calei e voltei a focar no que estava fazendo.

Terminei de fazer o curativo na mão do homem e larguei a caixinha no banco onde estava, sendo puxada para o colo do caçador. Sentei em uma das suas coxas, passando meu braço por volta do seu pescoço.

Love in chaos - Daryl Dixon Onde histórias criam vida. Descubra agora