S/n Grimes
Pegamos o pouco que conseguimos e corremos até o saguão, onde Shane, T-dog, Glenn, Daryl e meu pai tentavam quebrar os vidros com suas armas. Enquanto isso, eu abraçava Carl o mais forte que podia.
— Rick, tem uma coisa que pode ajudar. - disse Carol, correndo até meu pai com a mão dentro da sua bolsa.
— Carol, eu acho que uma lixa de unha não vai ajudar. - Shane debochou.
— Na sua primeira manhã no acampamento, quando eu lavei seu uniforme, achei isso no seu bolso. - a mulher falou, segurando uma granada.
Meu pai pegou a granada da mão de Carol e correu até o vidro, mandando ficarmos longe e abaixados.
Abracei o corpo de Carl o mais forte que eu podia, sentindo alguém me abraçar por trás. Em questão de segundos a explosão aconteceu, quebrando todo o vidro. A pessoa atrás de mim levantou e eu olhei para trás, vendo Daryl com sua mão estendida para mim.
Seguro a mão áspera do homem e levanto, usando a mão livre para segurar o braço de Carl. Nos encaramos por alguns segundos, até meu irmão chamar por mim, me fazendo correr.
Shane e meu pai foram na frente, atirando nos zumbis que se aproximavam. Eu ia no meio segurando a mão de Carl, enquanto Daryl matava os zumbis que vinham atrás de nós.
Lori e meu pai entraram na parte da frente do trailer com Carl, enquanto eu e Glenn entrávamos na parte de trás.
— Espere! Eles estão vindo! - Lori gritou, apontando para Dale e Andrea.
Dale e Andrea corriam o mais rápido que podiam, enquanto meu pai buzinava e olhava para o seu relógio. Não vi Jacqui com eles, e aquilo me deixou um pouco preocupada.
— Se abaixem! - grito, colocando a cabeça para fora do trailer.
— Pra trás! Pra trás! - ouço meu pai gritar, puxando Lori e Carl para a parte de trás.
Me jogo no chão e me encolho ao lado de Glenn, sentindo o chão tremer e ouvindo o barulho da explosão. Levanto e vejo o fogo tomando conta de tudo, partes do CCD sendo espalhadas pelo chão e a fumaça poluindo o céu.
Me jogo no pequeno sofá e fecho os olhos, respirando fundo. Glenn abriu a porta para Dale e Andrea, enquanto meu pai voltava para o lugar do motorista ao lado de Lori.
Papai liderava o comboio, fazendo os outros quatro veículos nos seguissem. Carl deitou no meu colo e eu comecei a acariciar seu cabelo molhado pelo suor, ainda com minha respiração falhada.
— You are my sunshine, my only sunshine.
You make me happy when skies are grey.
You'll never know, dear, how much I love you.
Please, don't take my sunshine away. - cantei baixinho, tentando fazer Carl dormir.Continuei cantando até Carl pegar no sono, vendo Glenn se aproximar e sentar ao nosso lado.
— O que aconteceu? - pergunto, me referindo a Andrea e Dale.
— Andrea queria ficar, mas Dale disse que ficaria também. - o coreano respondeu, cruzando os braços e olhando para o nada.
— E a Jacqui? - volto a perguntar.
— Ela ficou. - foi a única coisa que ele disse, me fazendo respirar fundo.
Ficamos em silêncio por um bom tempo, ouvindo apenas nossas respirações pesadas.
— Por quê? - olhei para Glenn, tentando entender o motivo. — Por que ela ficou?
— Não sei, acho que ela não acreditava que pudéssemos sobreviver aqui fora. - ele disse.
— Você acha que podemos? - pergunto com curiosidade.
— Se continuarmos juntos, sim. - disse Glenn, segurando minha mão. — Mas você não precisa se preocupar, você já tem um guarda-costas.
— Do que está falando? - olho para ele com indignação.
— O Daryl. - respondeu, como se fosse óbvio. — Eu vi ele dando uma de escudo humano. Também vi o jeito que ele te tratou quando você teve aquele ataque lá na sala dos computadores. Ele gosta de você.
— Você está viajando. - digo, negando com a cabeça e rindo pelo nariz.
— Será que eu estou mesmo? - Glenn perguntou com aquele sorrisinho brincalhão, dando de ombros.
Revirei os olhos e continuei fazendo carinho no meu irmão, tendo que suportar as piadinhas de Glenn.
De repente, o trailer parou.
— O que foi agora? - pergunto, começando a ficar preocupada.
— Não precisamos andar com esse monte de veículos. - meu pai respondeu, descendo do trailer logo em seguida.
Acordei Carl com cuidado e juntos nós saímos do trailer. Observei os outros descerem de seus veículos, se reunindo em volta do meu pai.
— É perigoso andarmos por aí com todos esses carros, e desnecessário. - papai começou a explicar. — Lori, Carl, Carol e Sophia vêm comigo no carro. Dale, Shane, Glenn, Andrea, T-dog, Daryl e S/n vão no trailer. Pode ser assim? - ele perguntou.
— Eu vou na minha moto. - disse Daryl.
— Tudo bem. - disse meu pai, concordando com a escolha do homem. — Vamos pegar a gasolina dos outros veículos e seguir para o Forte Benning.
— Acha que teremos sorte por lá? - pergunto meio desconfiada.
— Espero que sim. - foi o que meu pai respondeu.
Pegamos a gasolina dos outros carros e nos preparamos para sair. Deixei um beijo no topo da cabeça do meu irmão e entrei novamente no trailer, sentando no pequeno sofá ao lado de Glenn.
Eu estava preocupada, com medo na verdade. Medo de que não haja ninguém no Forte Benning. Tenho medo de que não tenha nada lá, assim como não tinha nada no CCD.
Eram 200km, uma viajem longa e cansativa. Glenn pareceu perceber o meu desconforto, pois me lançou um olhar acolhedor e segurou minha mão fortemente. Sorri fraco para ele e deitei minha cabeça em seu ombro, tendo a sua apoiada na minha.
Só espero que tudo dê certo, pelo menos agora.
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Love in chaos - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 1 } "𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗵𝗼𝘂𝘃𝗲𝗿 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰𝗼 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮." Quem diria que essa frase fosse fazer tanto sentido? No começo S/n achava que não demoraria muito para enco...