Daryl Dixon
— Não tem nada aqui além de mosquitos e formigas. - digo para o idiota do meu irmão.
— Paciência, irmãozinho. - ele disse, enquanto mijava em uma árvores. — Mais cedo ou mais tarde, um esquilo vai acabar cruzando seu caminho.
— Mesmo assim, não é muito comida. - falei sem muita paciência.
— É melhor do que nada. - Merle deu de ombros.
— É melhor dar uma vasculhada naquelas casas que a gente viu na estrada. - sugiro.
— Foi isso que seus novos amigos te ensinaram? - ele perguntou, parando na minha frente. — A procurar por migalhas?
— A gente tá caçando há horas. Que tal achar um rio e tentar pescar uns peixes? - dou outra sugestão.
— Acho que estar é querendo me levar pra estrada. Me levar pra àquela prisão. - Merle falou desconfiado.
— Eles têm abrigo, comida, privada pra mijar... - tento convencê-lo. — Acho que não é uma má ideia.
— Pra você talvez não, mas pra mim lá não vai ser fácil. - ele falou.
— Vão acabar se acostumando. - digo apontando minha besta para o chão.
— Eu sei que você quer voltar por causa da princesinha Grimes. - disse meu irmão de forma provocativa. — Aquela garota é mesmo uma grande gostosa, parabéns! As novinhas são sempre as melhores.
— Não fale dela assim, entendeu? - eu disse entre os dentes, parando bem perto do corpo daquele idiota.
— Tanto faz! - ele deu de ombros outra vez. — Estão todos mortos. Não faz mais diferença.
— Como pode ter certeza? - pergunto, mesmo não me importando muito com sua opinião.
— Nesse momento, ele já deve estar preparando uma bela festa. Ele vai enterrar o que restou dos seus amigos. - ele falou e saiu andando na minha frente. — Vamos pescar, anda!
Caminhamos alguns quilômetros até chegar em um rio. Merle não parava de encher meu saco com aquelas piadas sujas e sem graça, ou com comentários idiotas sobre os outros.
— Pra mim tem cheiro do Saugahatchee. - Merle supôs, andando pela trilha que estávamos seguindo.
— A gente não foi pro oeste. Se tem um rio ali, só pode ser o Yellow Jacket. - eu disse.
— Bateu a cabeça, é? - como sempre, ele tinha que estar certo. — A gente nem tá perto do Yellow Jacket.
— A gente não foi pro oeste, só um pouco pro sul. - repito. — É o que eu acho.
— Sabe o que eu acho? - ele perguntou, enquanto eu tentava ignorá-lo. — Eu posso ter perdido a mão, mas você perdeu o seu senso de direção.
— Tá, vamos ver. - digo com firmeza.
— Quer apostar? - Merle ficou animado.
— Eu não vou apostar nada! - nego com o cenho franzido. — É só um pouco d'água. Por que tudo tem que ser uma competição pra você?
— Pega leve, maninho. Só tô tentando me divertir um pouco, não precisa ficar todo irritadinho. - ele deu de ombros. — Acho que ficar longe da sua namoradinha e daquele corpinho bonito tá te deixando mal-humorado. Diz aí, como é transar com a filha do xerife? Eu sempre quis...
— Fale sobre a S/n de novo e eu acabo com você! - o empurrei contra uma árvore.
— Calma aí, Darlinda. - Merle levantou as mãos. — Prometo não falar mais nada sobre a pequena Grimes. - disse com aquele sorrisinho idiota e provocativo.
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Love in chaos - Daryl Dixon
Fanfiction{ Livro 1 } "𝗤𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗻𝗮̃𝗼 𝗵𝗼𝘂𝘃𝗲𝗿 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗲𝘀𝗽𝗮𝗰𝗼 𝗻𝗼 𝗶𝗻𝗳𝗲𝗿𝗻𝗼, 𝗼𝘀 𝗺𝗼𝗿𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗿𝗮̃𝗼 𝗻𝗮 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗮." Quem diria que essa frase fosse fazer tanto sentido? No começo S/n achava que não demoraria muito para enco...