– Dean, pelo amor de Deus, faltam meses pro bebê nascer, nós temos tempo!
– Eu sei, mas quero estar preparado!
Sam e eu nos olhamos, já irritados com Dean. Estávamos investigando presságios demoníacos e possíveis casos, e Dean estava à todo vapor redecorando o quarto que costumava ser de Sam, obviamente depois de ele e Alice terem quase comprado uma loja inteira de coisas pra bebês.
Precisei aconselhá-la, contra a minha vontade, a não ficar conosco, pois apesar de Castiel compreender que ela e Jasper eram nossos amigos, outros anjos não contavam conversa. Matavam primeiro, questionavam depois, e eu não gostava nem um pouco desse modo de agir.
Depois de muito conversarmos a respeito da nossa decisão mútua de ter o bebê, Sam foi rápido em dizer que juntaria suas coisas para ir embora.
Precisei lhe dar um sermão de meia hora até que ele entendesse que o fato de eu estar brava com ele não significava que eu não me importava com ele ou que o quisesse fora de casa, afinal, aquela casa era nossa.
No momento nós não tínhamos a menor intenção de mexer em sua estrutura, então concordamos que a sala de armas e a biblioteca ficariam juntas, e a antiga sala de armas seria o novo quarto de Sam. Ao menos naquele ponto tínhamos entrado num consenso.
Porque Dean acordar cedo para começar a revirar a casa na intenção de melhor ajustá-la para um bebê que nem nome tinha ainda estava nos deixando nervosos na sala de estar e nós definitivamente não tínhamos concordado com aquilo.
Especialmente quando ele chamou Castiel para arregaçar as mangas e o ajudar a montar o berço que ele havia comprado no dia anterior.
– Dean, a gente encontrou um caso! – Sam o chamou.
– Depois eu vejo!
– O quarto do bebê não é uma prioridade! – chamei sua atenção.
– É pra mim!
– A gente nem tem um nome pra ela ainda, homem de Deus!
Isso finalmente o fez parar o que estava fazendo e sair do quarto, me olhando seriamente.
– Eu pensei em alguns. Olha só, que tal ''Mary Alice''?
– Nome composto? – Sam franziu o nariz, assim como eu.
– Que foi? – Dean pôs as mãos na cintura. – Tem sonoridade, estilo, e presta homenagem à nossa mãe e à nossa grande amiga sanguessuga!
– É verdade – Castiel saiu do quarto, nos olhando. – É um belo nome.
– Não estou dizendo que não é, mas nome composto não, por favor – suspirei. – E não é por nada, não, mas eu tenho Marie no nome e não curto muito. Um nome só, Dean. De preferência um nome que possa ser usado por qualquer gênero.
Um momento de silêncio se passou entre nós, no que até mesmo Sam pareceu estar pensando em alguma sugestão para nos dar. Os dois se olharam por um momento e então disseram juntos:
– Charlie!
– Charlie? – arqueei as sobrancelhas. Eu nem me lembrava que o nome do meu pai podia ser usado para garotas, também. – Charlie Winchester? – mordi o lábio, descendo os olhos para a minha barriga. – O que acha, feijãozinho? Charlie tá bom pra você?
– ''Feijãozinho''? – Sam indagou. – Acho que ela tá grande demais pra esse apelido.
– Ela ainda é muito jovem para ter noção do que gosta ou não – disse Castiel. – Mas é um belo nome. O avô dela ficaria feliz em saber dessa homenagem.
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Winds of Fortune
Fanfiction[sequência de Wayward] Depois de Lilith arrasar a família Winchester, levando a alma de Dean para o Inferno, Bella se vê sozinha em uma jornada de vingança, abandonada pelo cunhado que um dia considerou como um irmão. O que ela não sabia, sequer i...