Estávamos nós quatro reunidos na biblioteca de Bobby, encarando os três anéis que tínhamos até o momento. Meu rosto ainda estava vermelho de toda a crise de choro que eu tive ao contar a Bobby sobre o sequestro de Charlie.
– Vocês são impossivelmente dramáticos – Crowley revirava os olhos para nós enquanto bebia seu uísque, um que ele mesmo havia trazido, porque, segundo ele, Bobby não tinha bom gosto para a bebida. – Ela foi bem clara: não banquem os espertinhos com a Morte, porque é A Morte.
– Não estamos com a foice dele – Sam o olhou. – Não temos nada pra tentar matá-lo e nada pra usar como barganha.
– ''A Morte é justa. Não se pode barganhar com ela, e não se pode matar a morte. O que Lúcifer está fazendo com ele não é justo e é isso que ele quer: justiça. Equilíbrio. A chave está no respeito'' – Crowley tentou imitar a voz dela, revirando os olhos no final. – Palavras dela, não minhas.
– Ela quer que a gente consiga o último anel na base da conversa ou eu entendi errado? – Bobby perguntou indignado.
– É o que parece – tombei minha cabeça no sofá.
– Por que ela não vai atrás de Morte e pede o anel? – Sam indagou.
– Porque ela tá com a foice dele, o que já é motivo suficiente pra ele não gostar muito dela – respondeu Crowley. – E porque ela está ocupada.
– Fazendo o que? – nós três perguntamos juntos.
– Botando ordem na casa, alinhando os patos dela... – ele deu de ombros. – Por acaso se esqueceram que esse não é o único mundo que ela precisa gerenciar?
– Ah... – suspirei. – É verdade.
– Bem, precisamos nos organizar. Você, em especial, alce – olhou para Sam. – Prepare seu estômago.
– Por que?
– Por que antes de você dizer ''sim'' à Satã, precisará beber quantidades exorbitantes de sangue de demônio.
– O que?! Por que?!
– Reforça a casca – ele deu de ombros.
– Então o cara daquele corpo...
– Está bebendo baldes de sangue – Crowley sorriu. – Meus passarinhos me contaram. Me contaram também que a sua amada Ruby é a serva mais leal de Lúcifer. Ela tem estado ocupada com uma missão.
– Que missão? – perguntei.
– Não consegui descobrir ainda, mas não deve ser nada de bom pra nós. Façamos o seguinte: eu deixo vocês em Chicago, vocês falam com a Morte, pegam o anel, e depois nós nos encontramos aqui de novo para você beber o suquinho de Satã – ele sorriu encarando Sam. – O que acham?
– Por que Morte está em Chicago? – perguntei.
– A tempestade do milênio – Bobby chamou nossa atenção. – Uma tempestade que pode varrer a cidade do mapa, matar toda a população, do jeito que Satã gosta.
– Lúcifer está obrigando Morte a fazer isso?
– É o nosso palpite, considerando o que Alexis nos disse – Crowley terminou de beber seu uísque. – De alguma forma, ele colocou uma coleira no Cavaleiro.
– O que significa que há uma chance de Morte nos ajudar de fato – Sam concluiu. – Justiça. Ele quer liberdade.
– Bingo.
Nossas esperanças foram revividas, mas nós não estávamos mais tranquilos.
Eu não tinha como ficar tranquila, sabendo que Miguel estava por aí, ciente do plano, com Charlie, e que isso poderia ser usado contra nós a qualquer momento.
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Winds of Fortune
Fanfiction[sequência de Wayward] Depois de Lilith arrasar a família Winchester, levando a alma de Dean para o Inferno, Bella se vê sozinha em uma jornada de vingança, abandonada pelo cunhado que um dia considerou como um irmão. O que ela não sabia, sequer i...