⋆ཻུ✧ ONE་༘࿐

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Mordi meus lábios, tentando controlar minha vontade de chorar ali mesmo no meio da estação de metrô, talvez assim as pessoas aprendam que palavras machucam

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Mordi meus lábios, tentando controlar minha vontade de chorar ali mesmo no meio da estação de metrô, talvez assim as pessoas aprendam que palavras machucam. Me encolhi contra o banco de plástico, abaixando a cabeça para que meus cabelos cobrisse minha face e ninguém prestasse atenção em mim o bastante para me reconhecer.

Chegar até ali já tinha sido difícil. Os repórteres em frente do prédio em que eu morava não paravam de tirar fotos e os imbecis chamados haters não paravam de me xingar, gritando absurdos e jogando ovos no carro. Acho que comecei a chorar ali, encolhida no abraço da minha mãe enquanto meu pai se focava em dirigir o mais rápido que podia para longe dali e erguer seu dedo do meio para todos.

Não sei como conseguiu se tornar um inferno em apenas uma semana. Tudo bem, sei que eu e a Asuna passamos dos limites quando simplesmente decidimos expôr toda a podridão que havia por trás daquela empresa, mas estávamos com raiva, com tanta raiva. Eles não podiam achar que tinham o direito de colocar nós duas para cantar uma música que é contra tudo que acreditamos e esperar que ficássemos quietas. Não somos que nem as outras artistas femininas que se tornavam reféns do próprio talento por terem medo das consequências.

Nós podemos estar enfrentando o ódio de uma nação inteira, mas pelo menos, tínhamos seguido nossos instintos. E é isso que conta, não é?

─ Ei, esse não é o que temos que pegar?─ Falou Asuna, se sentando ao meu lado.

Seus cabelos rosas estavam presos em um rabo-de-cavalo e haviam óculos de lentes coloridas em seu rosto. Ela estava radiante, como sempre. Ao contrário de mim, não parecia nem um pouco afetada com os olhares negativos e os comentários maldosos que circulam nas revistas e a boca do povo.

─ É o de Miyagi?─ Perguntei, erguendo a cabeça e franzindo o cenho para a garota que deu de ombros. Porra, que menina inútil.

Asuna espreitou os olhos na minha direção e deu um tapa no meu ombro forte até demais.

─ Para de me xingar mentalmente!─ Ela grunhiu. E me encolhi ainda mais dentro do moletom branco que usava, cutuquei o desenho de um gato de olhos dourados na área do meu estômago.

Não deu nem um minuto pra repetirem o nome do metrô que lentamente parava em nossa frente. Ah, o nome... Me levantei com rapidez, empurrando levemente Asuna para o lado, ignorei o seu resmungo e agarrei minha bolsa.

Novamente, empurrei Asuna e ela reclamou denovo, parecendo muito perto de retribuir o empurrão quando eu apontei na direção do metrô, puxando ela com a outra mão.

─ Vamos! É esse o nosso!

Não demorou muito para que ela me empurrasse levemente, pegando suas malas e correndo ao meu lado até as portas abertas de metais. Tudo bem, posso ter me desequilibrado um pouco quando empurrei Asuna para me sentar perto da janela, o que rendeu uma série de xingamentos para mim. Suspirei, abraçando minha bolsa enquanto me encolhia, mantendo meus olhos na janela, acompanhando a paisagem que às vezes se parecia como um borrão.

Depois de todos os anos que fiquei treinando até meu corpo doesse e um pouco além, cantando até que ficasse sem voz e deslizando meus dedos pelos os cordões da guitarra até que avançassem. Depois de tudo que passei, apenas para realizar meu sonho de ser cantora, eu estava sumindo dos holofotes. Deixando para trás, tudo que eu sempre desejei.

Minha tia estava certa quando pediu para que eu e Asuna fôssemos morar com ela por um tempo. Seria melhor ficar no interior, fingir que somos normais por um tempo, fingir que não destruímos nossos sonhos por sermos corajosas demais, destemida demais.

 Seria melhor ficar no interior, fingir que somos normais por um tempo, fingir que não destruímos nossos sonhos por sermos corajosas demais, destemida demais

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