Uma dupla de garotas cantoras talentosas acaba encontrando seu declínio quando uma apresentação não sai como o planejado e acaba atraindo uma onda de hate incontrolável para cima das garotas. Passando por um disband, elas são obrigadas a se esconder...
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Às vezes eu tinha vontade de apagar Lucky da minha vida. Em muitos momentos, se eu pudesse, eu faria exatamente isso. Apagaria tudo o que me lembra de Lucky, apagaria todos os momentos em palcos, cantando, compondo... Se isso pudesse fazer todo esse sentimento ruim ir embora, eu certamente faria isso. Se eu apenas pudesse esquecer as palavras de Rin que insistiam em martelar minha cabeça...
Suspirei, me afundando mais no banco do parque. Yeji ia me matar por ter saído sozinha sem ela, mas eu precisava de um tempo. Precisava parar de ficar pensando demais em Rin e no que ela tinha me dito, no quando eu me sentia uma idiota por ter pensado que alguém fosse gostar de mim por quem eu era de verdade.
Eu não era Lucky. Era apenas Asuna, e, aparentemente, ser apenas Asuna não bastava. Asuna era irritante, cheia de problemas, e animada demais.
Com um suspiro, passei a mão pelo meu cabelo rosa. Eu costumava amar o meu cabelo, porque era o que ainda me fazia ser Lucky, mas... Agora, era só uma lembrança de quem eu costumava ser e não era mais.
Pisquei os olhos, sentindo as lágrimas se acumulando ali. Meu celular não parava de tocar, várias mensagens de Yeji chegando, Hinata perguntando se eu não queria ir no clube ver eles treinarem hoje, Kuroo perguntando se eu estava bem... Mas eu só queria desaparecer da face da Terra.
-Asuna-chan!- escutei um grito animado e meus olhos se arregalaram enquanto me virava lentamente, apenas para encontrar Oikawa acenando freneticamente junto de Iwaizumi, que era bem mais discreto que o amigo maluco dele.
Os dois se aproximaram, o sorriso de Oikawa vacilou um pouco quando ele olhou para mim e percebeu que eu estava chorando. Mas pelo menos ele não disse nada.
-Está perdida, Asuna-chan?- ele perguntou com um sorrisinho e eu ri
-Na verdade, fugindo. - eu murmurei. Oikawa franziu o cenho.
-De quem?
-Tá mais para "do que". - falei com um suspiro. -E é do meu péssimo passado.
Oikawa franziu o cenho para mim e se sentou do meu lado. Ele deu um tapinha em Iwaizumi, que revirou os olhos e se sentou também. Ver aqueles dois juntos sempre me fazia rir um pouco. Oikawa pareceu prestes a começar um discurso, mas eu não o deixei falar.
-Ei. Você conhece algum lugar onde eu possa dar um jeito no meu cabelo?
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