⋆ཻུ✧ THIRTY SEVEN་༘࿐

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Sinceramente, eu queria muito matar Asuna

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Sinceramente, eu queria muito matar Asuna. Odiava o jeito que ela lidava com as coisas, era sempre na base do "vou ali ficar em depressão e ignorar tudo que meus amigos digam". Sinceramente, eu queria mais matar ela pela cara que Sugawara fazia quando cada minuto passava e ele percebia cada vez mais que a maldita que gostava não ia pro treino, ver ele...

Esse dia começou uma droga e eu sei que ele vai terminar uma droga. Percebi isso quando um Asahi apreensivo contou que Kageyama e Hinata brigaram. Durante o treino do dia, percebi que os dois simplesmente não estavam se falando e quem mais parecia triste com a situação é a Yachi.

Grunhi para o nada, manchando na direção da porcaria da sorveteria que Asuna disse que estava depois de um dia inteiro me ignorando. Mordi os lábios, franzindo o cenho, sentindo meus olhos lacrimejarem. Droga, eu estava tão irritada com aquilo tudo!

Eu iria socar Asuna por ser uma imbecil! E Sugawara só não me acompanhou, pois não queria atrapalhar.

Meti uma mão no meu rosto, impedindo que as pessoas vissem minhas lágrimas. Hoje é um dia de merda, isso sim. Só quero ir para casa e morrer, já basta ter tido uma péssima noite de sono por causa do que minha mãe falou.

Uma entrevista... Pela primeira vez desde que nossa apresentação aconteceu, alguém parecia disposto a nos escutar. Eu não sabia muito bem o que sentir diante disso. Por meses, me afundei em um poço por conta das críticas e a constante sensação que havia acabado com meu maior sonho. E, às vezes ainda sinto que estava nesse poço, mas agora pelo menos eu estava tentando escalar as paredes escorregadias daquele lugar.

Acho que a primeira coisa que fiz quando cheguei na porcaria da sorveteria foi avançar na direção de Asuna que soltou um gritinho, assustada.

─ Qual é a porra do seu problema?─ Gritei, irritada. Asuna recuou alguns passos.─ Enfiou a porra do celular no meio do meio do seu cú?

A garota arregalou os olhos.

─ Que droga, Asuna! Eu fiquei preocupada, sua imbecil!─ Solucei, erguendo o braço e escondendo o rosto na curva do meu cotovelo.

─ Ah, Yeji...─ Senti suas mãos nos meus braços mas me afastei, dando um passo para trás.

─ Não, Asuna. Eu não quero escutar mais nada, como você sempre vem pra cima de mim com a porcaria do discurso de que estamos sempre juntas mas na primeira oportunidade ignora minhas ligações e quase me faz morrer de preocupação?

Ela não parecia saber o que falar. Soltei uma risada claramente forçada. Ah, claro que ela não saberia o que falar, sempre costuma fazer as coisas sem pensar no que isso vai causar para as pessoas em sua volta. Ela fez a mesma coisa com o Kuroo e o Kenma quando os ignorou até aquele dia.

Respirei fundo, esfregando as mãos no meu rosto com força, escorregando elas para meus fios e os puxando.

─ Vou pra casa.─ Murmurei, começando a gesticular para Oikawa e Asuna.─ Se quiser continuar com eles, continua. Quando quiser parar de me ignorar, nós conversamos.

Fallen Stars • HaikyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora