Uma dupla de garotas cantoras talentosas acaba encontrando seu declínio quando uma apresentação não sai como o planejado e acaba atraindo uma onda de hate incontrolável para cima das garotas. Passando por um disband, elas são obrigadas a se esconder...
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─ Aí!
─ Para de escândalo, isso nem dói.─ Resmungou minha tia, puxando ainda mais o pente que se enrolou em alguns fios me fazendo gemer de dor mais uma vez quando ela penteou minhas mechas, enrolando-o em forma de coque da mesma forma que fez com a outra parte do meu cabelo, rodeando uma liga para prendê-lo.
Fiquei quieta, apenas esperando que ela terminasse de prender presilhas douradas em forma de estrelas e luas nas partes que achava melhor, em frente dos dois coques e muito perto da minha franja. Ouvi o barulho de passos. Asuna saltou o último degrau da escada e me olhou com o cenho levemente franzido, antes de soltar uma risada alta. Minha tia fez o favor de jogar uma almofada nele enquanto me empurrava para longe.
─ As duas tão atrasadas! Vão! Vão!─ Ela gritou. Não demorou para que eu pegasse minha bolsa e saísse dali junto de Asuna fazendo careta para ela.
Ridícula, é isso que ela é.
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Morrer. Nesse exato momento, eu só queria morrer e ser enterrada o mais rápido possível. Já não era ruim o bastante ter o professor simplesmente gritando meu nome na frente de todo mundo, sei que falhei na minha tentativa de não parecer querer sumir na cadeira toda vez que ele gritava e se referia a mim como garotinha que ainda não sabe que tá no ensino médio. Cretino, queria ver ele falar assim com minha tia do meu lado...
Me encolhi ainda mais ao ponto de quase estar deslizando para debaixo da banca quando ele gritou mais uma vez algo sobre meu penteado ser infantil demais para alguém com dezoito anos. Por um momento, desejei ter me sentado atrás de Asahi, o garoto de cabelos longos e de barba que sempre se sentava atrás de mim. Ele era grande, com certeza cobriria todo meu corpo e impediria aquele sem noção falar algo do meu penteado mais uma vez.
Pisquei os olhos, abaixando a cabeça e fitando as pontas das bancas. Quão rápido eu conseguia bater minha cabeça ali e desmaiar antes que alguém viesse me ajudar? Juro que só uma manhã na enfermaria para me recuperar dessa aula humilhantemente humilhante.
─ Tudo bem, pessoal! Agora, vou distribuir os papéis com as duplas, lembrem-se que terão que entregar os textos na próxima semana com a tradução em inglês.─ Não me importei em lançar um olhar mortal para aquele velho quando ele me entregou o meu papel e para meu alívio, me permiti sorrir um pouco ao ler o nome ao lado do meu.
