⋆ཻུ✧ SEVENTY EIGHT་༘࿐

86 9 0
                                    

-Você vai passar o final de semana em Tokyo?- Suga me perguntou, suas mãos deslizando pelas minhas costas, me fazendo estremecer um pouco com seu toque

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-Você vai passar o final de semana em Tokyo?- Suga me perguntou, suas mãos deslizando pelas minhas costas, me fazendo estremecer um pouco com seu toque. Acho que nunca me acostumaria de verdade com isso; toda vez que ele me tocava, causava uma reação diferente no meu corpo, e quando me beijava, sentia como se eu fosse acabar entrando em combustão. Não era ruim; acho que nunca seria capaz de achar ruim beijar Sugawara e estar com o corpo grudado contra o dele. Quem precisa de espaço pessoal, não é mesmo?

Eu assenti para ele, esticando uma mão para afundar nos fios cinzas de seu cabelo, brincando com algumas mechas. O cabelo de Sugawara era macio e deslizava entre meus dedos de um jeito que me fazia não querer tirar a mão dali nunca mais.

-É, faz um tempo que não vejo meus pais. - murmurei, me inclinando para apoiar o queixo no ombro de Sugawara, meu nariz encostando no pescoço dele, o que o fez estremecer. Abri um sorriso de leve. Sugawara assentiu, murmurando algo incompreensível, seus braços envolvendo minha cintura enquanto ele me abraçava mais forte contra si. -Você podia ir comigo. Meus pais bem que querem te conhecer.

Sugawara engasgou com a saliva, o que me fez dar risada e o empurrar de leve, me afastando apenas o suficiente para fitar os olhos dele. O nervosismo que tomou conta dele era extremamente óbvio. Toda aquela calma de Suga evaporou com uma simples frase, o que eu não sabia se me fazia dar um sorriso ou ficar indignada.

-Eu conheci os seus, nada mais justo.- provoquei, passando os braços ao redor do pescoço dele. Sugawara tentou falar alguma coisa, mas o que saiu foi um gaguejar, o que me fez rir. -Estou brincando, para com isso. Mas você podia ir comigo. Sei que não vai por causa do clube de vôlei, mas podia ir.

-Talvez nas férias. - ele murmurou e eu ri, o apertando contra mim.

-Suga, para com isso. - eu falei com um sorriso, me inclinando para beijar sua bochecha. -Meus pais vão amar você. Só um idiota não amaria.

E essa sou eu, dizendo de forma indireta o que sentia sem nem perceber. Mas Sugawara estava tão colapsado que nem pareceu processar minhas palavras.

Levei uma das minhas mãos até a nuca de Sugawara, o puxando para perto de mim até que nossos narizes estivessem roçando um contra o outro. Senti a respiração quente e acelerada de Suga bater contra meu rosto antes de cortar aquele espaço entre nós, colando meus lábios nos dele.

Os estalos dos nossos beijos ecoaram pelo quarto enquanto eu afundava os dedos no cabelo de Sugawara. As mãos dele deslizaram pelas minhas coxas, me fazendo suspirar contra seus lábios.

A língua de Sugawara percorreu a minha daquela forma calma que era até mesmo provocativa. Soltei outro suspiro quando ele desceu a boca até meu pescoço, beijando e mordendo minha pele exposta.

E que droga; eu realmente estava, definitivamente, muito, muito apaixonada por ele.

Torci o nariz para o sol que bateu contra meu rosto assim que saí da estação, enfiando meu cabelo colorido dentro da touca do moletom que tinha vestido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Torci o nariz para o sol que bateu contra meu rosto assim que saí da estação, enfiando meu cabelo colorido dentro da touca do moletom que tinha vestido. Não queria ser reconhecida, pelo menos, não tão fácil assim. Afinal, eu tinha ido até ali para ver meus pais, e tudo o que eu queria era achar os dois logo e ir para casa passar aqueles dias.

-Você é péssima se escondendo. - aquela voz seguida daquela risada horrorosa que sempre me fazia torcer o nariz e morrer lentamente de vergonha alheia. Com um suspiro, me virei, dando de cara com Kuroo, que sorriu e não esperou antes de me agarrar e me dar um abraço apertado, o que me dez rir enquanto abraçava meu melhor amigo.

-Veio me buscar?- perguntei com um sorriso, dando um soquinho de leve no braço dele. Kuroo riu, jogando um braço por cima dos meus ombros enquanto nos guiava para fora.

-É. Tentei arrastar Kenma junto, mas você conhece ele, né?

-Você acha mesmo que ele ia perder o final de semana dele jogando videogame pra vir aqui?- zombei e Kuroo deu um daqueles sorrisos dele que só deixava ainda mais claro que eu estava coberta de razão. Não que eu me importasse com isso, aliás. Conhecia Kenma bem o suficiente para saber como era a personalidade conflituosa dele.

-Então, Karasuno vai para o Nacional. - ele disse arqueando a sobrancelha e abrindo um sorriso puramente malicioso. Fiz uma careta e o empurrei para o lado.

-Para com essa merda, Kuroo. - falei com uma careta e ele me olhou com uma falsa indignação.

-Eu nem disse nada!- ele riu e eu revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não ia ver por causa dos óculos de sol no meu rosto. Nem mesmo eles estavam ajudando a me fazer odiar menos o sol que batia contra nós.

-Eu sei que você tá nas mil expectativas de macetar Karasuno na quadra.- reclamei, afundando o dedo nas costelas dele. Kuroo riu, me empurrando de leve.

-Você vai vir ver os jogos?- ele perguntou me encarando e eu assenti. Kuroo abriu lentamente um sorriso. -Se você ver os jogos do Karasuno e não os nossos, nunca mais vou olhar na sua cara, saiba disso.

-Que ridículo!- sibilei, o empurrando. Kuroo tropeçou nos próprios pés, o que me fez dar uma gargalhada da cara dele. -E eu não quero ter que ver meu melhor amigo perdendo, sabe?

-Isso nunca vai acontecer, pode ter certeza.- ele disse de forma confiante e eu ri. -E se você torcer para o Karasuno se jogarmos contra eles, eu paro o jogo só pra te bater.

-E ai você vai ser preso por agressão.- falei, mostrando a língua para ele. -E você acha que eu vou torcer pra um fracassado?

Kuroo fez um som de indignação, me empurrando e quase me fazendo ir de cara no chão. Dei um tapa forte no ombro dele, e continuamos nos provocando, o que terminou com nós dois rindo um do outro.

Essa era, definitivamente, a coisa que eu mais sentia falta em Tokyo. Mas agora teria que enfrentar meus pais. E descobrir o porquê eles queriam tanto me ver.

Fallen Stars • HaikyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora